31.12.12

Feliz Ano Novo!


Foto: Shark

28.12.12

Gambler

Whitesnake.

17.12.12

Bother

Stone Sour.

16.12.12

Graendel

Marillion.

Turn me on

The Tubes.

Music

John Miles.

8.12.12

As cores do céu


Foto: Shark

Ain't No Love In The Heart Of The City

Whitesnake.

Curta Metragem

No aperto de um abraço sou aquilo que faço, sou aquilo que dou.

28.11.12

PROF TUBARALHO, TAMBÉM RESOLVE MALES DE AMOR

Reparo, com muito agrado, que começam a surgir novos posts, nova vida na Blogosfera moribunda depois da travessia no deserto que agoirei anos atrás quando o Facebook entrou em cena.
O Facebook, ao qual nunca aderi, reunia a vantagem de poder acolher a blogaria mais ligeira, a que não possuía arcaboiço para postar mais do que fotos dos outros e citações de terceiros. Foi a debandada geral dos que tinham um blogue mas não sabiam o que fazer com aquilo e aos poucos até alguns blogueiros mais estruturados acabaram por desviar para o novo pólo aglutinador da carneirada a sua atenção.
Foi um rude golpe para a Blogosfera, diminuída nos números que fazem as grandes realidades que a internet engloba, arredada dos orçamentos publicitários por já não movimentar as massas de outrora, mas igualmente deixada ao abandono pelos visitantes e pelos autores acabando por se tornar num enorme cemitério virtual de ambições estapafúrdias (o salto para a fama ou para a fortuna) e de realizações na sua maioria paupérrimas (que no Facebook não devem fazer má figura, camuflados no meio da multidão).
Restaram os mais fortes, os melhores. Congregaram-se autores em espaços colectivos, os poucos que ainda  atraem visitantes em número decente - a par com as apostas mais light mas bem planeadas, e o resto ficou entregue aos mais persistentes (ou estupidamente teimosos), repartindo entre si a meia dúzia de leitores mais as visitas inventadas por São Google.
Parece, porém, assentar o pó da euforia do FB. Como qualquer moda não sustentada por algo capaz de representar uma mais-valia, essa realidade que atraiu blogueiros como moscas está em declínio, pelo menos entre os que mais deram de si a esta realidade que construímos ao longo de quase uma década.

E eu adio a minha desistência movido por esses sinais de esperança no regresso de gente extraordinária, com carisma e/ou com talento, com criatividade, com substrato o bastante para enfrentar um desafio diário muito mais exigente do que qualquer artolas com uma cara laroca enfrenta no seu book da vaidoseira.

Quero mais do que nunca ter razão num palpite que há anos venho matraqueando: o Facebook foi um golpe fundo na Blogosfera e os poucos contadores activos não o desmentem. Mas desse meu palpite também constou sempre a convicção de que um dia a separação das águas iria acontecer, como na Blogosfera já se verificava entre blogues sérios e blogues estilo facebook, podendo esta nossa comunidade acolher de novo os mais capazes que tanta falta fazem para colaborarem na reconstrução de uma Blogosfera no que ela tem de melhor, deixando o equivalente à Imprensa cor-de-rosa entregue a quem pode e deve fazê-la.



LADO B


Foto: Shark

8.11.12

Olhar atento


Foto: Shark

Gripalhada global

Estou com alguma dificuldade em encontrar espaço para o fumo por entre toda a bicharada que me tomou os pulmões de assalto.

2.11.12

HASTA SIEMPRE

COMANDANTE!

28.10.12

AS CORES DO CÉU


Foto: Shark

A MÃE NATUREZA MUITO CARRANCUDA

Ninguém parece estar a dar muita importância ao assunto por cá, mas aquela reunião do Sandy com uma frente fria mais uns ventos do Ártico deve estar a tornar-se num pesadelo para um pedaço considerável dos states.
Podemos ter ali uma amostra significativa do que nos espero se não houver tino nas agressões climáticas.
Ah pois, não há como dissociar estes fenómenos da sua causa tão evidente...

24.10.12

OUTONS


Foto: Shark

23.10.12

MAS FICA COM UM SUPER SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

Com um destes é que o Belmiro merecia levar.

DEMOCRACIA MUSCULADA


22.10.12

21.10.12

AS CORES DO CÉU


Foto: Shark

SEGUNDA, O DRAMA DE AFINAL SER A PRIMEIRA

Bom mesmo é a pessoa ganhar a vida a fazer o que gosta.
Mas como se alcança esse nirvana quando a pessoa gosta mesmo é de não fazer nada?

DOMINGO, O DRAMA DE SER UMA VÉSPERA LIXADA

O principal desafio a enfrentar em cada início da semana é o de conseguir substituir a lógica por outro critério qualquer para lidar com uma multidão, na maioria, completamente chanfrada.

PROBLEMAS DE CANALIZAÇÃO...


20.10.12

FOLHOS DE PEDRA


Foto: Shark

18.10.12

CIÊNCIAS OCULTAS

Estou muito céptico acerca da hipótese de numa travessia do deserto os sonhos húmidos poderem resolver o problema da desidratação.

NOITE D'OURO


Foto: Shark

14.10.12

BROKEN WINGS

Mr. Mister.

AS CORES DO CÉU


Foto: Shark

O DRAMA PESSOAL DE UM CULPADO PELA CRISE

Sinto-me culpado por ter um Citroen ZX de 97 quando podia perfeitamente fazer as visitas oficiais aos meus clientes com um Fiat Panda de 95.

13.10.12

LAST CALL


Foto: Shark

DEPOIS DE CINCO SEMANAS À ESPERA

Amanda Todd optou por morrer.

8.10.12

KEEP BURNING


Foto: Shark

VENTO SUL


Estava mesmo ali. Ao alcance da mão. Depois houve algo que distraiu a sua atenção e num instante se desvaneceu como uma miragem no deserto. E estava mesmo ali, tão perto...
Procurou em vão com o olhar, não conseguia aceitar tal perda. Sentiu que a vida é uma merda por fazer desaparecer tudo aquilo que se deixa enfraquecer na atenção, o castigo para a falta de concentração no que se julga indispensável na ressaca de já não haver.
E havia, logo ali. Mesmo, mesmo ao pé. Depois surgiu uma falta de fé, momentânea, mas a perda foi instantânea e agora já não tinha aquilo que nunca lhe pertencera mas estupidamente gostava de acreditar nessa condição. Agora sofria uma desilusão por sentir a falta, da fé acima de tudo, que julgava tão eterna e afinal não era de confiança e ajudava, cúmplice por omissão, à matança sistemática de jovens emoções, tão novinhas, que a tenra idade tornava tão parvinhas mas ainda assim...

Estava mesmo além. Já não se lembrava bem, mas achava que era logo ao virar da esquina, era uma coisa pequenina que de repente desaparecera como um arbusto arrastado pelo vento no areal de um deserto como o sentira na altura, trazia na boca uma secura com que se distraíra quando parou para matar a sede de tudo quanto lhe faltava e depois o vento que por ali passava, numa fracção de segundo, terá levado para o inferno lá para o fim do mundo algo de que já não se lembrava bem, só sabia que era mesmo além e nunca lá voltara para confirmar e entretanto até deixou de soprar.

7.10.12

HIGHWAY TO HELL

AC/DC.

6.10.12

AS CORES DO CÉU


Foto: Shark

3.10.12

PORTA DO QUÊ???


Foto: Movimento Novos Rurais

QUEM RI POR ÚLTIMO...

A penúltima mulher a apelidar-me de homem da sua vida deixou de me falar.

1.10.12

AS CORES DO CÉU


Foto: Shark

MAS ALGUÉM LHES PERGUNTOU ALGUMA COISA?

Para meu horror, o Centro de Pesquisa Fred Hutchinson acaba de anunciar a descoberta da presença de ADN masculino em cerca de dois terços das mulheres.
(Mas tenho fé de que possa ser só um boato ou assim...)

29.9.12

FLOR DE ARTIFÍCIO


Foto: Shark

28.9.12

NINGUÉM DISSE QUAIS

O homem morreu.
E tudo quanto na vizinhança, sorriso maroto, havia a dizer acerca do rasto da sua passagem é que deixou boa impressão tanto em mulheres como em homens.
Pelas mesmas razões.

27.9.12

LAR DOCE LAR



Foto: Shark

IMPOTÊNCIA

A propriamente dita é a única que me falta experimentar.

25.9.12

AS CORES DO CÉU


Foto: Shark

POLÍTICA À BASTONADA

Madrid já está a arder?

A LOUCURA WORLDWIDE

Chineses, japoneses e chineses de Taiwan já andam à mangueirada no mar por causa de uma ilhota desabitada.

24.9.12

VAI UMA SOPINHA?

23.9.12

OLHA PARA MIM


Foto: Shark

22.9.12

UM WHISKY ANTES


Foto: Shark

21.9.12

PONTOS DE LUZ


Um dia decidiu avançar com a proposta. Disse-lhe que a achava incrível e que se acreditava capaz de a fotografar de uma forma que a imortalizaria. Ela começou por torcer o nariz, mas a expressão dele acabou por fazê-la sorrir. Nua? – perguntou. Ou não. – respondeu ele, de forma sincera e olhar livre de hesitações.
E ela ficou de pensar no assunto e depois dizer alguma coisa.

Não pensou demais. Ligou-lhe nesse mesmo dia e por ela seria quanto mais depressa melhor, para aproveitar a adrenalina de tal decisão. E ele marcou para o dia seguinte, para ter algum tempo para preparar o espaço e o equipamento necessários.

Ela apareceu e trazia uma expressão divertida, entre a preocupação legítima e a excitação que a sessão fotográfica lhe provocava.
Ele tentou pô-la à vontade, explicou-lhe de forma resumida o cenário, panos pretos ou brancos de fundo e uns quantos projectores, mais o que o motivara a propor-lhe a iniciativa. Detalhou tudo quanto o fascinou na figura daquela pessoa com a qual se cruzava nas ruas e pouco mais. E ela ouviu em silêncio enquanto parecia debater-se com uma decisão complicada e gostou do que ouviu e a blusa foi a primeira coisa que despiu até não restar roupa alguma.

Depois foi aceitando as instruções do homem por detrás da objectiva, empenhado em levá-la a exibir o melhor em si, tratando-a como uma diva, visivelmente entusiasmado com o que via e queria tanto registar.
O gelo acabaria por derreter poucas horas depois e os constrangimentos iniciais desapareceram. Pararam um pouco para conversar e ele notou algo de diferente no olhar e no tom de voz que ela lhe dirigia. Escassos segundos de silêncio bastariam para ambos sentirem a tensão no ar e ele sentiu-se obrigado a respeitar um código de conduta qualquer e propôs retomarem a sessão.

Mas ela parecia ter tomado mais uma decisão entretanto e ele por detrás da câmara percebia a diferença no olhar e nas expressões e sentia a tentação que prometera a si próprio renegar mas não conseguia. Tudo aquilo que via, cada instante mágico que ela proporcionava era um passo acima que ele se permitia na atracção que se revelava cada vez mais inequívoca e ele a tremer por dentro pelo receio de uma má interpretação de alguns sinais.
Ela, intuitiva, já procedera à libertação de amarras artificiais e estava decidida a levar ao limite a experiência que a agradava como nunca imaginara. E o fogo que ele entretanto acendera quase sem querer começava já a arder nas imagens que ele capturava na cabeça também.

Pousou a máquina e perguntou-lhe, olhos nos olhos, se podia humedecer-lhe os mamilos para obter um efeito diferente, um brilho especial num pequeno ponto de luz.
Ela, sentada no chão, agarrou a janela de oportunidade e estendeu uma mão, começou a passear os dedos no cabelo do fotógrafo amador que se deixou ficar ajoelhado, bem perto do corpo que já quase conhecia como as palmas das suas mãos, cartografado na memória em cada pormenor.
Quando ela começou a puxá-lo para si sem pressas ele traçou a rota para os lábios que ela mordia a si própria.
Só a meio do caminho percebeu que ela preferia um atalho e foi para o seu peito generoso que encaminhou o beijo que lhe consentiu.

E esse seria apenas o primeiro ponto de luz no corpo inteiro que ele humedeceu.

O EQUILÍBRIO QUE A VIDA SEMPRE PROCURA

Com poucos minutos de intervalo recebi uma excelente notícia e uma outra tão má que anula o efeito positivo da primeira, em termos psicológicos e práticos, e até o ultrapassa em termos de impacto.

Estas montanhas russas emocionais até são giras, quebram as rotinas do quotidiano e assim. Mas as descidas a pique continuam sempre a causar-me muita aflição.

20.9.12

ESTRANGEIRICES, NÃO LIGUEM...


SMOOTH

Santana & Rob Thomas.

EMOÇÕES AO RUBRO

Vais a conduzir o carro novo e até tens a noção de que vais muito perto do carro da frente mas a mulher no passeio à esquerda é simplesmente fabulosa e não resistes à tentação de te fiares na sorte e virares por segundos a cabeça para o lado mas o da frente trava a fundo e estampas-te à bruta na traseira do infeliz.
No lugar do pendura, ciente do que acaba de acontecer e porquê, está sentada a pessoa que escolheu o carro e que tanto gosto por ele demonstrou: a tua mulher.

NA FRONTEIRA DO PERIGO

Estás ao volante, parado no semáforo, e atravessa a estrada uma mulher vistosa, com tudo aquilo que gostas de apreciar numa mulher, mas atinges o limite da tua visão periférica e estás quase a virar os olhos para dentro mas a pessoa a teu lado, no lugar do pendura, também deu por ela e está a olhar para ti.
E a pessoa ao teu lado é a tua sogra.

TUDO BEM SE FORES UM CAMALEÃO...

As duas mulheres mais deslumbrantes que viste em toda a tua existência cruzam em simultâneo o teu olhar.
Mas caminham em direcções opostas.

AI NÃO?

Porque reclamas amor eterno se defendes que a um amor a sério não se podem impor quaisquer condições?

19.9.12

WHAT IT'S LIKE

Everlast.

COITADINHO DO CROCODILO...


16.9.12

SING TO ME


Foto: Shark

15.9.12

AS MAMAS DA PRINCESA KATE

Apesar de os paparazzi terem conseguido as fotos da moça em topless com recurso a um telescópio, ficamos todos a saber que afinal as ditas nem são assim do outro mundo...

DE PESCA


Foto: Shark

A ANGELINA JOLIE E O PICARETA

Ver o António Guterres a conversar com ela a escassos centímetros de distância quase me deu vontade de abraçar uma carreira política.
(E agora percebo a onda do Flopes numa de Santa Casa...).

11.9.12

É D'OURO


Foto: Shark

10.9.12

SAIL

Awolnation.

MUITO PARA ALÉM DE TI


Um nome.
Duas datas.
Um espaço em branco.

E o silêncio em redor de tudo aquilo, como se fosse preciso calar a vida para lá dos muros bem altos que o cercavam agora.
Muros brancos, muros limpos de palavras, silenciosos eles também como guardiães de um território que era terra de ninguém quando a noite aparecia e fechavam os portões à vida que os visitava, os nomes, as datas e os espaços em branco que durante o dia muitas pessoas tentavam ali preencher, com lágrimas, com sorrisos, com memórias, com emoções que eram histórias por contar.

Um nome.
Duas datas.

A pessoa arquivada no ficheiro terminal, o dia do início da caminhada mais o dia da transição final. Ou talvez não. E entre esses dias toda uma vida que é agora o espaço em branco entre datas que contraria a escuridão que a saudade obriga a pintar.
Mas cada lembrança é um pedaço de cor, um conjunto de palavras que podem ser gravadas na pedra com o cinzel da imaginação.
Histórias de vida com nome e com rosto, lágrimas e sorrisos, memórias e emoções acontecidas lá fora, para lá daqueles muros brancos que a noite escurecia como se a luz tivesse naquele lugar o mesmo efeito perturbador que o som.

Um nome.
  
Escrito com tinta preta mesmo por cima do espaço (em) branco onde ninguém conseguiu resumir tudo aquilo que se passou com aquela pessoa entre as duas datas que a identificam enquanto pedaço de tempo com um princípio e com, talvez, um fim.
O amor que lhe dedicaram, os ódios que inspirou. Tudo aquilo que se passou entre datas, experimentado por quem lembra e por quem já possua também duas datas depois do nome e de um espaço por preencher com o desgosto de uma mulher ou de um homem esmagados com o fardo de resumir o que aquela pessoa valeu, tudo ou nada, agora que se perdeu, num espaço reduzido que não serve o propósito quando a pessoa em vida se agigantou entre a data que marcou o início da jornada e a data em que acabou a estrada que aquela existência percorria.

E para contar a sua história, um só livro não bastaria.

AS CORES DO CÉU


Foto: Shark

8.9.12

TROIKODILO


Foto: Shark

6.9.12

BLOGOESPELHO DA VIDA LÁ FORA

O último grito (se calhar mesmo o último...) na Blogosfera é a conversão dos blogues a clubes privados onde só entra quem o/a dono/a quer.
Por muito que tente entender essa opção, que respeito porque dizem que tem que ser, faz-me sempre lembrar aqueles condóminos que têm a casa sempre em festa e cheia de gente a entrar e a sair a toda a hora mas não conhecem o nome dos vizinhos e nem bom dia ou tarde lhes dão.

5.9.12

METALEIRO

Foto: Shark

O ELO MAIS FRACO


Percebeu apenas a existência de um elo de ligação que nunca o envolvia ou mesmo quando parecia revelava-se efémero e puramente circunstancial.
Era uma questão de tempo, até perceber também, como os outros, o erro de casting que sempre se constituía, na merda que fazia aos olhos de todos quantos julgavam pela mesma bitola, ligados que estavam por algo que não conseguia vislumbrar.
Raramente conseguia perceber, mesmo à posteriori, a natureza do seu lapso, do seu desajustamento, da gota de água que transbordava sempre no seu copo, mesmo que nos restantes caísse uma chuvada torrencial.
Mas percebia-se marginal, de alguma forma inconveniente, e não sabia porquê, mas o mal estaria em si porque os outros sempre conseguiam encontrar uma forma de pactuarem para manterem o tal elo de ligação, talvez alguma forma de perdão que nunca soubera merecer por causa de algo que fazia a diferença e distinguia a sua pessoa pela negativa em qualquer pequena multidão.
Era sempre enorme o trambolhão, oito ou oitenta, bestial a besta, era sempre uma desilusão que restava como lembrança da sua passagem noutras vidas quaisquer, fossem de homem ou de mulher, porque lhe percebiam sempre uma carrada de defeitos e de limitações que outros igualmente possuíam mas no seu caso não permitiam apenas porque sim.
Limitava-se a adivinhar o fim das relações para a vida como as acreditavam até ao dia em que se transformava numa abóbora tudo quanto de bom pudesse transmitir nos cruzamentos com outras existências, ou eram as birras ou eram as incongruências, como se nada que de bom tivesse fosse algum dia capaz de equilibrar a parada com as suas limitações.
Já nem alimentava ilusões acerca do que estava para vir, sempre à espera de que deixassem cair como era sua tradição, aparentemente nunca tinha razão quando as coisas corriam menos bem, talvez porque lhe faltasse o discernimento para distinguir a tal coisa que faltava na hora de pesar os seus prós e os seus contras na balança viciada.
Era uma pessoa apreciada até o prazo de validade acabar, com a passagem do tempo parecia azedar e brotavam de forma espontânea os fenómenos de rejeição ou de indiferença, até mesmo a obliteração dos rastos da sua presença onde não devia, pelas existências que não compreendia e depois falava sempre a menos ou demais.

Por isso se recolhia, era os outros que protegia da sua má influência por não conseguir acompanhar a cadência ideal para reduzir ao essencial o tal elo de ligação que até criava mas nunca conseguia manter.
Por ser incapaz de descobrir sequer pretextos decentes para o tentar aprender.

ECLIPSE LUNAR


Foto: Shark

4.9.12

POR ENTRE OS PINGOS DA CHUVA

Em cada novo dia o destino muda a disposição das armadilhas no campo minado que me compete percorrer.

3.9.12

E O CALOR QUE ESTÁ?


EMOÇÕES FORTES GT DE CORRIDA


Mal conseguia respirar quando deu consigo ao volante de um Emoções Fortes GT XPTi Turbo, com motor V8 e potência suficiente para uma aceleração das zero às 200 batidas cardíacas por minuto em dois ou três segundos.
Bastou pressionar ligeiramente o acelerador para sentir a força daquele motor e deixar-se dominar pela euforia, encantado pelo vistaço que faria naquele magnífico Emoções Fortes GT que escolhera em versão cabriolet, cabelos ao vento, a galope no asfalto sem nada a esconder.

Ficou colado às costas do assento quando acelerou prego a fundo, agora era o melhor condutor do mundo e não tardou a procurar as curvas que queria enfrentar à matador, com a confiança de um conhecedor capaz de controlar a máquina em quaisquer circunstâncias, minimizou irrelevâncias como o GPS de série que entrou em curto-circuito e deixou de funcionar.
Mas ele mal conseguia respirar e acreditava-se capaz de se orientar sem sistemas de navegação, seguia o mapa da intuição e devorava quilómetros naquela estrada que parecia não ter fim.

Percorria o caminho assim, acelerado, limite de velocidade ignorado porque já havia desligado o manómetro da lucidez que indicava um princípio de rotura nos cabos de ligação de todo o sistema ao travão que fingia nem existir mesmo ao pé do que acelerava.
Cada curva que enfrentava, sempre à beira do despiste, era potência que acrescentava à ilusão de um mestre da condução como se sentia e somava proezas nessa orgia de velocidade descontrolada.

Até que um dia numa curva marada o veículo como que enlouqueceu, parecia ter manteiga sob cada pneu e até as luzes falharam, não viu as lombas que o despistaram ao ponto de rodopiar desgovernado e acabou por embater num muro sem saber como nem porquê.
Circulava sem seguro e ficou muito danificado o Emoções Fortes GT, despejado pelo reboque num armazém para a reparação na medida do possível. O desgosto era terrível, mas tentava encontrar consolação no milagre da sobrevivência sem mais do que uma pequena cicatriz, os pontos que levara que eram os pontos que perdera ele mesmo quando finalmente caiu em si.
Aquela aventura acabara ali em definitivo, isso ele sabia, na parede que desconhecia até que nela embateu.

E foi assim que aprendeu a lição à bruta, nessa aula de condução filha da puta.

2.9.12

PORTO DE ABRIGO


Foto: Shark

LUCKY GUESS

Ela explodiu-lhe no olhar, divina, quando tentou atravessar a passadeira diante do carro parado com ele encantado ao volante. Antes de avançar ela olhou-o nos olhos e ele abriu a porta e saiu, sorrindo. Fez-lhe sinal para aguardar um instante, reentrou no carro e saiu com todos os tapetes na mão.
Ela intrigada ficou ali parada sem perceber o que se passava e ele, diligente, foi espalhando cada tapete sobre a passadeira pintada no chão.
Quando terminou, fez uma vénia e aproximou-se dela e estendeu-lhe um cartão e disse-lhe que foi aquilo o que lhe ocorreu para a poder tratar como a princesa que sentiu à primeira vista, e depois pediu-lhe uma oportunidade para conversar com ela à mesa de uma esplanada ou de um café, sem se mostrar incomodado com quem buzinava impaciente na rua movimentada.
Ela, surpreendida, guardou o cartão. Não disse que sim nem disse que não e percorreu a passadeira por ele forrada e no final do percurso virou-se para trás e sorriu.
Ele, deslumbrado, esqueceu tudo quanto tinha espalhado e seguiu.

O telefone tocou quando estava na caixa do hipermercado a comprar tapetes novos para o carro e um tinto magnífico para um momento que ele exigia tão especia.como a faria sentir-se na noite em que finalmente dormiram os dois..

1.9.12

CORES DE SAMBA


Foto: Shark

TIO SAM E SEU PRIMO ELDERZINHO

Pelo que já sei acerca do homem, tudo indica que o Romney é tão bronco como o seu antecessor republicano, o Bush.
Em versão sonsa.

30.8.12

ALMA ALFACINHA


Foto: Shark

VENTOS DA MUDANÇA

O poliamor já faz jurisprudência.

SE ANOITECERES...


Imagem: Shark

29.8.12

ALMA PELINTRA

Os consumidores portugueses ensinam a Europa como se combate a crise, comprando menos vestuário e mais legumes frescos.
Dessa forma não engordamos e assim a roupa não deixa de nos servir...

20.8.12

VIAGENS


Foto/Imagem: Shark

19.8.12

MAU TEMPO NOS CANAIS

Ouvi dizer que vai passar um furacão nos Açores mas nos noticiários a notícia de abertura é o empate do Benfica com o Braga.
Também deve haver um vendaval medonho no espaço vago que antes era ocupado pelos cérebros dos jornalistas e respectivos editores.

15.8.12

VERÃO QUE VOLTA


Foto: Shark

14.8.12

MOVES LIKE JAGGER

Maroon 5 & Cristina Aguilera.

TIRED

Sarcastic.

(Sugestão dela)

13.8.12

PRICE TAG

Jessie J & B.o.B.

12.8.12

UMA SEGUNDA-FEIRA PARA ENFRENTAR

Foto: Shark

SAVE THE WORLD

Swedish House Mafia.

11.8.12

SOLOS DE STEVE ROTHERY (Marillion)

Um cheirinho de Marillion...

DRIVE BY

Train.

10.8.12

A LÓGICA DA BATOTA

A ver se eu percebo esta lógica: venderam-se nas farmácias menos 40% de preservativos, mas a taxa de natalidade continua a descer...

9.8.12

BOHEMIAN RHAPSODY

Queen.

8.8.12

ANOTHER BRICK IN THE WALL

Pink Floyd.

PRIMEIRO BALCÃO


Foto: Shark

INNUENDO

Queen.

7.8.12

START ME UP

The Rolling Stones.

6.8.12

...MAS NÃO VOA


Foto: Shark

4.8.12

EMOTIONAL RESCUE

The Rolling Stones.

2.8.12

DE RASPÃO


Imagem: Shark

29.7.12

DIZ FARSA


Mascara as emoções com palavras que prometam ilusões das que encantam quem queiras embalar numa navegação sem rumo traçado, leva quem quiseres a qualquer lado em sítio nenhum, aplica à verdade um rigoroso jejum e tenta desviar a atenção do que te vai na alma ou no coração com um sorriso ensaiado, com um assunto preparado para camuflar tudo aquilo que pretendas ocultar nos bastidores do cenário por ti criado, desse perfil por ti desenhado em traços toscos nas palavras e nas acções que te permitem preservar a realidade na segurança máxima da discrição.
E se a tua privacidade sofrer uma violação com uma pergunta complicada que alguém te faça, não digas mais nada: disfarça.

NIGHT FALLS


Foto/Imagem: Shark

15.7.12

AS CORES DO CÉU


Foto/Imagem: Shark

3.7.12

DISTORÇÕES


Foto/Imagem: Shark

1.7.12

A LÓGICA DA UTOPIA

Como pode ser perdida uma causa enquanto houver alguém para a abraçar?

13.6.12

BACKGROUND


Foto/Imagem: Shark

8.6.12

O DESMANCHA PRAZERES

Aquela pessoa tão crente caminhava sorridente sobre uma ponte que era toda ela feita de esperança.

(Descobriu entretanto, ao longo da queda, que aquela estrutura não era um milagre da engenharia.)

PESCAR É FISH


Foto/Imagem: Shark

7.6.12

DESERT SONG

Def Leppard.

CLOSING TIME

Semisonic.

STOP AND STARE

One Republic.

3.6.12

BOM DIA


Foto/Imagem: Shark

31.5.12

PINTADA DE FRESCO


A tipa estava mesmo a ser hostil e sem maneiras. E o tipo por detrás da secretária parecia uma panela de pressão, o olhar a assobiar vapor e a boca hermética à custa de um enorme esforço de contenção.
Mas ela insistia no tom errado para defender uma razão que não lhe assistia. E acabou por ir longe demais e o fulano saturou, fixando o olhar na cabeleira mal pintada, e decidiu cortar o mal pela raiz:

 - Minha senhora, por instantes pensei que tinha perante de mim uma falsa loura. Mas olhe que o desacerto desse seu raciocínio desmentiu-me…

27.5.12

SINGULAR


Foto/Imagem: Shark