Era uma pessoa de abraço fácil. Ao mínimo pretexto abria as asas e envolvia-nos num aperto quantas vezes desproporcionado com o grau de proximidade ou com o pretexto que o motivava.
Mas ele era a pessoa que nos abraçava e isso distinguia-o de entre a multidão de gente que passava e apenas dizia de longe um olá de fugida.
Um dia abraçou uma causa, de corpo e alma, deu tudo de si e acabou por se desiludir com os outros que o desencantavam com a sua leviandade ou o manifesto oportunismo que as acções e as palavras denunciavam.
Entretanto abandonou a causa. E deixou de nos abraçar.
Nas muralhas da cidade
Há 1 dia
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