Embora vá insistindo aqui e além, é demasiado óbvia a minha incapacidade para participar em projectos colectivos, nomeadamente os que envolvam trabalho efectuado em casa alheia e não numa na qual nos possamos sentir anfitriões e não tenhamos que nos expor ao vexame público da equiparação aos de fora em caso de qualquer tipo de disputa ou se formos alvo de provocações externas por parte de quem possui currículo nessa matéria.
O mau feitio que nunca neguei, aliado provavelmente a um conjunto de pressões que nada obriga os outros a terem em conta, têm conduzido ao fracasso e, por norma, à extinção das parcerias que abracei enquanto as acreditei como tal. E não falo só de blogosfera.
Um dos principais argumentos para trabalhar em equipa, o que no meu caso vai acontecendo com menor frequência a cada ano que passa, é precisamente a sensação de pertença a um grupo com tudo o que esse estatuto faz depreender. E para mim isso inclui entre outras coisas uma solidariedade entre os membros desse colectivo que os torna mais fortes na execução do seu papel.
Quando esse argumento falha assumo de imediato a minha condição de outsider e visto-lhe a pele com a dignidade possível, saindo pela mesma porta por onde entrei, sobretudo quando me deparo com diferentes critérios nas reacções em situações similares com diferentes protagonistas.
É provável que a minha forma de ver e sentir as coisas seja errada.
Tenho que viver com isso.
Os outros não.