Aliás, a uma pila não compete alimentar senão uma única fé e essa é a dos coisos agarrados a nós, sempre esperançosos no milagre da arrebitação que tentamos nunca falhar, mesmo parecendo umas focas amestradas.
De resto, quando o coiso agarrado a mim se ajoelha (nunca sei se é para orar ou não) fico um tempão ali sem fazer nada excepto quando ele se lembra de mim, quem de setenta tira um, e percebo então que afinal ele não está em oração mas eu recebo o milagre na mesma.
Mas isto da religião vinha a propósito de eu ter ouvido falar no telejornal (o coiso agarrado a mim às vezes distrai-se e deixa a barguilha aberta) num tal de anti-semitismo e do Holocausto e de mais uma série de cenas nada amistosas para com os judeus.
E eu, que professo o ateísmo por inerência de funções (dá mais jeito a uma pila que se quer dinâmica e actuante), sou montes de tolerante para com as religiões e cada um tenha a sua, mas ao judaísmo reajo sempre mal porque me lembra logo aquilo da circun nãoseioquê que me falha agora o termo mas tenho a certeza que não é a do Fernão de Magalhães!
2 comentários:
Simplesmente delicioso este texto.
E olha que não fica nada atrás da tal americana que escreveu os monólogos da passarinha, protagonizados pela Guida Maria.
O actor indicado para levar a cena estes teus monólogos da piroca, seria o Carlos Guilherme.
Ele é um actor extraordinário ... a tua piroca ficaria bem entregue, eheheheh!
A minha piroca entregue a outro gajo???
Jamé! Era o dia de sorte do gajo, sem dúvida, mas quem empresta não melhora...
:)
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