Tenho palavras encarceradas em mim. E não as posso libertar assim.São reféns das minhas limitações. Condenadas ao silêncio das palavras marginais que podem incomodar.Sinto-me prisioneiro e afinal sou o carcereiro das utopias e ilusões que pretendo conquistar.
Ambiciono palavras soltas, mas faço orelhas moucas à verdade que se perdeu.
Amordaçado pelas condições, sonho novas revoluções nas arestas da que Abril me deu.
No calor da madrugada, busco a escrita transpirada e a vontade de gritar não!
Mas sinto-me gelado pelo ar condicionado da minha liberdade de expressão.
Nas muralhas da cidade
Há 21 horas