28.11.10

SE FOSSE POR MIM NUNCA HAVIA UM FIM...

Eu chamo-lhe afeição mas os gémeos pendurados chamam-lhe traição. Em causa está, para eles, a surpresa de a protagonista ser uma mão em vez de qualquer outro palco para o que eles consideram um final feliz.
A mim tanto se dá. No fundo, todas as ocasiões em que o coiso agarrado a mim entende libertar-me da escuridão para me permitir ser aquilo para que somos destinadas (nós as pirocas, bem entendido) sou uma piroca feliz. E isto borrifando-me para o desfecho da situação, que para mim é quase sempre uma ocasião murcha e em recolhimento total.

Ou seja, ao contrário dos meus acessórios univitelinos (acho que é assim que se diz) acho que os meios é que valem a pena mesmo que os fins não se justifiquem.
E as questões de princípio que se forniquem.

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