Essa preocupação surge-lhes quando pela primeira vez a questão lhes é colocada, nomeadamente por pousarem a vista sem querer na piroca de um colega mais velho ou por uma coisa sem pila pousar a vista como quem não quer a coisa (deles) e em vez de uma manifestação de espanto ou de agrado resolve rir ou ficar com um ar de desconsolo.
Claro que também pode surgir o dilema por via da comparação directa com os bacamartes sobre-dimensionados das revistas e dos filmes porno, tudo próteses e jogos de espelhos - diz o coiso agarrado a mim, todo despeitado, acabando por criar um problema sério de relacionamento entre as partes.
Ora aqui reside a injustiça capaz de revoltar qualquer pila como eu. Senão, vejam:
À falta de outros parâmetros para disciplinar o nosso desempenho, nós pilas tentamos orientar-nos por critérios militares. No meu caso concreto fui beber ao sistema norte-americano uma escala que pudesse definir o meu estado de prontidão. E eu, não sendo nenhuma pila pára-quedista, calmeirona, estou sempre em Defcon(a)2! Isto implica que basta o coiso agarrado a mim estalar os dedos e lá estou eu em sentido, uma arma em riste pronta para qualquer desafio!
Agora digam-me: vale mais um fuzileiro naval grandalhão mas sempre murcho, sem garra, ou um magala da artilharia de estatura média mas aprumado e sempre alerta?
Ah pois, os coisos agarrados a nós preocupam-se imenso com o comprimento do canhão em vez do cumprimento cabal da função.
Mas as nossas guerras não se ganham com fitas métricas...
5 comentários:
Já tinha saudades da tua piroca... (soa tão mal, isto!)
Não sei responder à pergunta sobre fuzileiros e magalas porque sou objectora de consciência.
Mas uma coisa é certa ... este texto está uma delícia.
Eu também não percebo nada dessas coisas da tropa pois um milagre chamado reserva de incorporação afastou-se de uma carreira de sucesso a lavar latrinas...
Afastou-me, queria eu dizer...
Tiveste mais sorte que eu, que sou lésbica e não escapei!
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