28.2.10

A OCASIÃO

Quando o temporal se abateu sobre a auto-caravana onde ele lhe entregou o que a levava ali ficaram ambos sem saber o que fazer. Os segundos demoraram, esticaram, forçaram o trocar de um simples olhar que tudo deitou a perder.
Ela deixou-se beijar e depois já não podia travar aquelas mãos perdidas no seu peito, acabou por colocar-se a jeito para que a tomasse ali, sob o som insistente da chuva e do vento lá fora que abafavam por completo os sons discretos dos amantes surpreendidos pela simplicidade da situação.

2 comentários:

jardinsdeLaura disse...

E encaixou muito bem! Sim é que tal como no pudim bastou juntar água (a de um bom temporal tb serve)... e é instantâneo! Gostei...

shark disse...

Obrigado.
(Pudim é outra das guloseimas que me perdem...)