Houve um tempo em que alinhava na boa com a descontracção portuga que, pensava eu, era compensada pela capacidade de desenrasque, de improviso, nos embrulhos criados em cada situação.
Sim, é porreiro termos essas características. Mas não, com o mundo desenhado desta forma e uma crise financeira a apertar o cerco já não existe espaço de manobra para o logo se faz, logo se vê.
O preço a pagar pela falta de adaptação à nova realidade é tremendo e faz-se sentir nas mais variadas etapas de cada dia vivido, com perdas de produtividade imensas e neuras a toda a hora que nos colocam numa estatística de um para cinco em matéria de perturbações do foro psíquico.
E eu, tão bacano nos dias fáceis da prosperidade CEE, começo agora a constatar que o tempo não é de facilitar mas sim de arregaçar as mangas e atrapalhar o menos possível o regular funcionamento de qualquer sistema.
Nas muralhas da cidade
Há 1 dia
2 comentários:
clap, clap, clap. (sério, concordo mesmo)
confesso-me uma de cinco já há algum tempo. vimos vir, levámos com ela em cima e ainda estamos tão atarantados que não percebemos bem se estamos em cima, em baixo, ao lado ou se já há terra debaixo dos pés.
o meu prognóstico? ainda há muita fruta podre para cair. e a cacetada vai doer muito muito, ah se vai... pergunto-me todos os dia se valerá a pena trazer putos a este mundo.
mas isso sou só eu que regressei hoje de férias...
entendo o estado de espírito...
já eu olho para a minha filha e respondo todos os dias a essa pergunta com um sim que sorri.
:)
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