No país do faz de conta que ninguém vê, uma fulana provavelmente despeitada decide meter a boca no trombone. Escreve(?) um livro, não faz a coisa por menos, e conta a toda a gente um crime no qual foi conivente e silenciou até lhe dar na bolha.
Ora bem: a pessoa em causa assume-se pagadora de um serviço prestado a outrem. Esse serviço constava de um espancamento a um autarca como castigo por denúncias suas que entalavam o mandante da vingança a que a senhora, agora devidamente sacralizada pela confissão pública da sua baixeza, deu seguimento.
Posto isto (por escrito e com ampla cobertura mediática) temos um cenário curioso.
E não estou a falar da curiosidade de nenhuma investigação ter apurado o que a cúmplice agora revelou, mas sim do cenário previsível para o futuro desta situação.
Temos um agredido. Temos um mandante identificado. Temos uma cúmplice directamente implicada por confissão pública (o que, por inerência, garante que teremos conhecimento da identidade de quem executou a “sentença” mafiosa).
Temos mais uma vergonha impune (e muito lucrativa para a denunciante) na forja.
É o país que temos.
Nas muralhas da cidade
Há 23 horas
1 comentário:
A impunidade aliada ao deboche doi mais que uma das chicotadas que o Mel Gibson deu em Cristo...
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