...Mas eu acredito que uma pessoa só pode considerar-se verdadeiramente livre quando chega a um ponto em que nunca precisa de mentir. É um objectivo difícil, convenhamos.
O problema é que quando decalcamos esse raciocínio para a prática das sociedades democráticas e dos seus governos chegamos sempre à conclusão que a liberdade pura, mesmo a que não colida com a dos outros, nunca passará de uma utopia.
23.11.08
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4 comentários:
É verdade. A liberdade pura nunca passará de uma utopia.
Quanto ao "Mas eu acredito que uma pessoa só pode considerar-se verdadeiramente livre quando chega a um ponto em que nunca precisa de mentir", tenho uma opinião diferente. Isso seria um outro ideal também ele utópico. Uma pessoa só se poderia considerar verdadeiramente livre quando, embora tendo a necessidade de mentir, escolhe conscientemente não o fazer...
A necessidade de mentir é um constrangimento e, por inerência, uma privação da liberdade...
Claro que escolher o oposto dessa privação é um gesto de libertação em si mesmo, mas presume-se que a liberdade pode ser usufruída sem preços a pagar e, do ponto de vista lógico, se existe a necessidade de mentir e não o fazemos estaremos a contrariar algo ou alguém e sujeitamo-nos a qualquer tipo de consequência que daí advenha.
É uma liberdade condicional, nessa perspectiva.
Concordas?
:)
Bem, posto dessa forma, com essa arrebatadora argumentação e essa esgrima de conceitos... como poderia não concordar?
Subscrevo, embora continue a manter o meu raciocínio. não são opostos, digamos que se complementam.
E essa é a melhor interacção possível, a da complementaridade.
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