21.11.08
SONO PESADO
Às vezes interrogo-me como é possível passar-me a vida ao lado, de raspão, sem que eu sinta o seu ligeiro encontrão para me acordar.
E encaixei-a aqui:
As Time Goes By
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O silêncio vale ouro
15 comentários:
e agora, já acordaste?
Nem sequer uma carícia ao deleve sentes?
de leve (claro)
Espero bem que sim, Gaijinha. Não me perdoo se assim não for...
;)
Népia, Sumaca. Viro-me pró outro lado e é só ressonar...
:)
Como é que uma alma tão sensível pode ter uma vertente corpórea tão... sem sensibilidade...
Alto e pára o baile!
A vertente corpórea é sensível qb, apenas um nadinha distraída aos ligeiros toques da vida (essa realidade tão imaterial...).
:-)
Pronto, pronto: pára a música! afinal é só uma questão de distração... A vida uma realidade imaterial? Ó shark... por essa não estava à espera. Vou tentar digerir...
Sendo imaterial é de digestão fácil...
Mas antes que me peças para me armar ao pingarelho para tentar explicar a ideia, algo de que nem serei capaz, digo-te que é apenas a minha forma de percepcionar a matéria em causa.
E eu sou um cábula.
;)
Digestão fácil o tanas... que o meu organismo só está habituado a coisas materiais...tudo o que não tenha matéria fica difícil.
Descansa que não te vou pedir para explicares...a matéria imaterial...
Só fiquei a pensar que para imaterial esta matéria às vezes dá-nos cada soco...a avaliar pela dor...não, não diria que se trata de uma realidade imaterial...
Já agora, apetece-me deixar esta:
"Como é difícil entendermo-nos com a vida. Nós a compor, ela a estragar. Nós a propor, ela a destruir. O ideal seria então não tentarmos entender-nos com ela mas apenas connosco. Simplesmente o nós com que nos entendêssemos depende infinitamente do que a vida faz dele. Assim jamais o poderemos evitar. E todavia, alguns dir-se-ia conseguirem-no. Que força de si mesmos ou importância de si mesmos eles inventam em si para a sobreporem ao mais? Jamais o conseguirei. O que há de grande em mim equilibra-se nas infinitas complacências da vida que me ameaça ou me trai. E é nesses pequenos intervalos que vou erguendo o que sou. Mas fatigada decerto de ser complacente, à medida que a paciência se lhe esgota em ser intervalarmente tolerante, ela vai-me sendo intolerante sem intervalo nenhum. E então não há coragem que chegue e toda a virtude se me esgota na resignação. É triste para quem sonhou estar um pouco acima dela. Mas o simples dizê-lo é já ser mais do que ela. A resignação total é a que vai dar ao silêncio."
Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 4'
Obrigado, Sumaca.
Ando precisado deste tipo de raciocínios.
Não tens que agradecer. Sempre que puder venho cá deixar mais um. Apenas retribuo o bem que me faz ler alguns dos teus.
Boa noite.
Dorme bem.
Enviar um comentário