1.2.10

DAS ESCOLHAS E DOS PONTAPÉS PARA CANTO

Dou comigo muitas vezes entregue a mim próprio por não (man)ter uma relação próxima com os poucos amigos que ainda posso designar dessa forma.
É uma questão de escolhas. Eu assumo a propensão para o percurso solitário e eles assumem que não lhes faço grande falta.
Ou seja, trata-se de opções voluntárias e não susceptíveis de acarretarem atribuição de responsabilidades ou de culpas, tal como não servem de pretexto para justificar algum incómodo de circunstância perante a constatação das ausências/deserções quando toca a unir.
É fácil apontar o dedo aos outros quando o sentimos tão perigoso como uma arma quando virado para a nossa cara, mas esse tipo de estratégia está sempre condenado ao fracasso das evidências.

No final, prevalece a lucidez amordaçada que desmascara em surdina mesmo os mais farsantes perante si próprios e de pouco lhes vale, nesse particular, a (manipulada) opinião alheia.

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