Um homem qualquer. Fechado no seu mundo interior a pensar o amor e pouco mais.
A sós, num quarto de hotel com cama para dois, a sonhar como seria se amanhã ou depois, noutro dia, o seu mundo pequeno se alargasse na órbita em torno de uma estrela a que chamasse o seu sol.
Um homem qualquer, a pensar numa mulher. O rasto dourado da sua passagem a meio de uma viagem sem destino, os cabelos que acariciou espalhados na almofada que abraçou depois da despedida.
A saudade esquecida quase a seguir e o cometa a fugir, à distância de uma galáxia a milhares de anos-luz.
O brilho no céu de um amor passageiro que durou um dia inteiro mais a noite a seguir.
Um homem a sorrir, confiante. Outra estrela cadente num percurso a solo, a caminho do seu colo que lhe ampara a queda e catapulta de novo para o firmamento com a lembrança de um momento impossível de esquecer.
E o novo dia a nascer na retina azul de uma menina do sul de um país tão gelado que a mínima emoção quase lhe derrete o coração, ao lado de um homem qualquer que a olha (tão linda de ver) com o reflexo intenso do sexo imenso que ali aconteceu entre os dois.
A porta do quarto fechada com a certeza de uma despedida definitiva, natural.
E o homem sozinho a pensar no destino, a bordo de um sonho numa nave espacial.
Ah, valente!
Há 23 horas
4 comentários:
Há sonhos que parecem mesmo reais. :-)
E há realidades que parecem um sonho... ;-)
Bom ponto de vista. ;-)
É o chamado ponto sem nó. :-)))
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