Foto: Shark
Como ontem vos dei conta, entrou mais uma passarinha na minha vida. E se isso constitui sempre motivo de agrado para um apreciador como eu (de aves, de aves…), quando a passarinha em causa é um pardal do telhado a coisa muda um nadinha de figura.
É que o Passer Domesticus, ao contrário do que a nomenclatura em latim deixa prever, é um bicho sem vocação para gaiolas, selvagem, que precisa mesmo é de esvoaçar em liberdade pelos céus e a natureza vai tratando de gerir os problemas que surjam.
E com esse tipo de passarinha não é fácil de lidar num ambiente familiar tradicional.
A minha filhota não o sabia quando recolheu a ave caída no solo, provavelmente desamparada do ninho. Não sabia que uma das características deste bicharoco catita é a de os pais não deixarem de alimentar e cuidar de um filhote mesmo quando este sofre um acidente de aviação normal numa criatura com asas.
Agiu de acordo com o primeiro impulso do seu coração que tanto me orgulha e propôs-se salvar a indefesa e delicada criatura.
E agora faço uma pausa para vos explicar porque me debruço hoje sobre este episódio banal em qualquer quotidiano, correndo o risco de vos maçar.
É que a passarinha em causa, como todas as passarinhas nascidas para a liberdade e para uma existência livre de amarras, passou pela minha vida de uma forma muito fugaz.
Não podia bater a asa, entendeu bater a bota enquanto a noite decorria à espera da manhã ao longo da qual a poderíamos devolver ao local onde a filhota a recolheu.
De nada valeu a alimentação e a água, o ninho improvisado ou o carinho que tentámos proporcionar à bichinha.
Esta manhã encontrei-a num rigor mortis que não deixa dúvidas de que terá sucumbido pouco depois de apagadas as luzes que a faziam piar muitas horas depois do sol posto que marcava a hora do chichi-cama.
É que o Passer Domesticus, ao contrário do que a nomenclatura em latim deixa prever, é um bicho sem vocação para gaiolas, selvagem, que precisa mesmo é de esvoaçar em liberdade pelos céus e a natureza vai tratando de gerir os problemas que surjam.
E com esse tipo de passarinha não é fácil de lidar num ambiente familiar tradicional.
A minha filhota não o sabia quando recolheu a ave caída no solo, provavelmente desamparada do ninho. Não sabia que uma das características deste bicharoco catita é a de os pais não deixarem de alimentar e cuidar de um filhote mesmo quando este sofre um acidente de aviação normal numa criatura com asas.
Agiu de acordo com o primeiro impulso do seu coração que tanto me orgulha e propôs-se salvar a indefesa e delicada criatura.
E agora faço uma pausa para vos explicar porque me debruço hoje sobre este episódio banal em qualquer quotidiano, correndo o risco de vos maçar.
É que a passarinha em causa, como todas as passarinhas nascidas para a liberdade e para uma existência livre de amarras, passou pela minha vida de uma forma muito fugaz.
Não podia bater a asa, entendeu bater a bota enquanto a noite decorria à espera da manhã ao longo da qual a poderíamos devolver ao local onde a filhota a recolheu.
De nada valeu a alimentação e a água, o ninho improvisado ou o carinho que tentámos proporcionar à bichinha.
Esta manhã encontrei-a num rigor mortis que não deixa dúvidas de que terá sucumbido pouco depois de apagadas as luzes que a faziam piar muitas horas depois do sol posto que marcava a hora do chichi-cama.
E este pequeno drama do quotidiano serve apenas para abordar outro lado da questão no post que virá a seguir (mais abaixo, pois faz mais sentido a leitura dessa forma).
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