15.9.09

BROTHERS IN ARMS

Fico sempre espantado com a quantidade de nomes que os coisos agarrados a nós inventam para nos designar. Fartam-se de desdenhar, até consideram um insulto mandarem-se para nós pilas, mas depois esforçam-se para nos baptizar a torto e a direito (nas pilas também funciona assim, não temos todas o mesmo ângulo relativamente ao coiso agarrado) como se fossemos o centro das suas atenções.
A sério que nunca vou entender a estranha relação entre os irmãos siameses que formamos, agarrados pela natureza e destinados a partilhar uma existência comum. Sim, eu sei que o coiso agarrado a mim (mesmo não estando constantemente oprimido dos pés à cabeça por horríveis peças de vestuário como eu) também possui os seus constrangimentos e restrições, as suas opressões sociais que tanto lhe enfernizam a existência. E por isso o tolero e até acabo por brilhar quando ele precisa, pois sei que ele fica todo contente e vaidoso e para mim nem é frete algum.

Nós apêndices temos que ser uns prós outros...

6 comentários:

gaija do norte disse...

brilhas, pipoca? nunca vi uma pipoca brilhante!!!

piroca disse...

convida o coiso agarrado a mim para jantar ou assim e quando ele for fazer chichi apaga a luz da casa de banho e entra de rompante.
é um espectáculo melhor do que fogo de artifício!

gaija do norte disse...

fogo de artifício na minha casa de banho? ver coisos a fazer xixi? queres matar-me???

piroca em repouso disse...

matar-te? nada disso! sou uma piroca pacífica, nem imaginas como sou uma ternurinha em repouso...

Mário Rodrigues disse...

Aí está uma conversa do ca...
Dá-lhe...

shark disse...

Alguns são muito tagarelas...