31.3.10
SÃO COISAS DO MUNDO, RETALHOS DA VIDA...
Há coisas (pormenores, no fundo...) que julgamos de extrema relevância, indispensáveis.
Mas quando nos acarretam perturbações em demasia e as deixamos cair param de constituir preocupação e acabamos com uma agradável sensação de alívio que em muitos aspectos supera o (pouco, na prática) que de bom essas coisas alegadamente nos traziam.
E encaixei-a aqui:
Coisas que Acabam
DIAS ASSIM...
Ele tomou-a de assalto, chamou-lhe sua, e ela rendeu-se ao empenho do homem que a queria, do homem que a possuía como se o mundo fosse acabar no dia a seguir.
Transpiraram ambos em profusão ao longo daquele final de tarde de Verão, intensos.
Depois tomaram duche, beijaram-se, falaram com entusiasmo dos interesses que partilhavam e seguiram de mão dada para outro momento feliz a dois.
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estórias instantâneas
TENHO SAUDADES
De dias solarengos com horas a fio numa esplanada a conversar com pessoas especiais.
E de receber a atenção e o interesse que me fazia sentir especial também.
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Saudade
SÃO UM EM CADA CINCO PORTUGUESES...
Como podia eu escapar a esta estatística?
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Reincidências
TRAPAÇAS
O destino é canalha na arquitectura dos seus acasos e coincidências.
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lost in translation
KEEP IT SIMPLE
Jantaram a dois. Ela, que não o amava mas que o queria, convidou-o depois para a acompanhar até casa, pediu-lhe apenas para aguardar um pouco até despachar algumas obrigações.
Findo esse lapso de tempo, desligou a consciência e entregou-se por inteiro ao prazer.
E encaixei-a aqui:
estórias instantâneas
30.3.10
VENHO EM PAZ
O primeiro extraterrestre a conhecer o planeta azul descobriu o prazer inédito da gargalhada no momento em que os terráqueos lhe explicaram o seu conceito de Deus.
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FC
E ACORDAR COM ESTE JINGLE NA CAROLA?
Em cada casa uma cozinha, em cada cozinha um Junex!
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A Publicidade Faz de Mim o que Quer
SPEED
Às vezes dá-me a sensação de que nasci com o motor de um dois cavalos enquanto o tempo passa por mim quando quer, na pirisga, ao volante do seu Ferrari.
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As Time Goes By
29.3.10
ONTEM JÁ ERA TARDE
De vez em quando a vida oferece-nos dilemas que acabam, com o tempo que os relativiza, por se revelarem meros quebra-cabeças para alegadamente fazerem de nós pessoas melhores.
Ou seja, no futuro de qualquer dilema reside sempre uma explicação razoável (ou uma desculpa aceitável) que o tornam quase irrelevante no contexto de uma data de questões mais prementes (que são sempre as questões mais presentes) entretanto confrontadas.
Mas isso é só depois. Enquanto o dilema não se resolve, a agonia permanece e o futuro promissor não a atenua.
Hoje vou tentar enfrentar um desses bichos e só admito um resultado: vencer o cabrão.
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pequenos dramas do quotidiano
28.3.10
26.3.10
O ESTRANHO CASO DO POST DESAPARECIDO
Serve o presente post para apresentar a V. Exas. um pedido formal de desculpas pelo súbito desaparecimento de parte do conteúdo deste estabelecimento, facto que podemos, por exemplo, atribuir a uma falha técnica.
E não se fala mais do assunto.
A Gerência.
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As Voltas que a Vida Dá...
25.3.10
24.3.10
DESCARTÁVEIS
É como parecem a maioria das amizades actuais.
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As Voltas que a Vida Dá...
EROTISMO DE SALÃO
Vou perceber que envelheci no dia em que me der menos tusa observar uma gota de água a deslizar por um ombro desnudo do que partilhar com dezenas de manganões a visão de uma mulher nua a roçar-se num varão de ferro parecido com os dos quartéis de bombeiros.
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Corpore Sano
23.3.10
POSTO DE COMANDO
Quando ela reparou na alteração de volume que lhe provocara perdeu os medos e avançou aos poucos com a mão pela perna dele, deliciada com a reacção que lhe provocara, inebriada com a sensação de poder que a invadiu.
E ainda mais a sentiu quando finalmente os seus dedos o tocaram onde pretendia e percebeu, pela expressão no rosto do seu amante, que a partir desse momento seria ela a comandar as operações.
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estórias instantâneas
CONFÚCIO DE BOLSO
A única forma de não levarmos baile é sermos nós a tocar a música.
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Cit(u)ações
22.3.10
E ISSO É QUANTO EM PAUS?
O lesado entrevistado no noticiário:
O meu prejuízo deve rondar os 600 contos em euros, mais ou menos...
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lost in translation
DOS ELOGIOS E GALANTEIOS
Quando alguém anseia em demasia pela quantidade deixará sempre a qualidade passar despercebida.
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Lessons Learned
NEM CONVINCENTE NEM ESPONTÂNEO
A sinceridade fala por si e a realidade emudece-a.
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I Rest My Case
CONFÚCIO DE BOLSO
Ninguém se sente interessante quando não existe alguém interessado.
E por vezes nem mesmo sendo cumprido tal requisito.
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Cit(u)ações
WINDOWS
A vida está a passar lá fora e vai num passo apressado, chiça...
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horizontes
O ARROGANTE
Uma originalidade deste espaço que distingo hoje na Liga dos Últimos é ser coerente nos números.
O número médio de visitantes diários corresponde ao número de posts publicados no blogue: um.
E até essa coincidência numérica pode, em última análise, fazer jus ao nome do espaço em causa...
Como é compreensível, não vou extrair qualquer tirada do tal post filho único.
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liga dos últimos
21.3.10
VALE SEMPRE A PENA
Nenhum amor é fácil.
Mas difícil mesmo é encontrá-lo.
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Na Porta do Frigorífico
DIA DA ÁRVORE
Já plantei uma, tempos atrás.
E fi-lo por e com amor a alguém.
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Pequenos Prazeres
COMO UM MUNDO INTEIRO QUE NOS SAI DOS OMBROS
Quando temos a certeza, depois de riscos corridos, de que quem amamos se encontra bem.
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In Directo
A PRIMAVERA TÁ AÍ
Tempo de sol, de flores e de passarinhas cantadeiras...
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Pequenos Prazeres
PLANOS QUE SÃO ENGANOS
É frustrante ter que deixar cair uma surpresa planeada, sobretudo por perceber que não é de todo desejada e com ares, pela indiferença, de implicar até uma presença que se deixa bem claro estar quase sempre a mais.
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desabafos
SIM, LIGO A ESSAS COISAS...
Um dos recursos giros dos contadores dos blogues é podermos saber os países de origem das visitas.
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blogoferas
CONFÚCIO DE BOLSO
O desalento é mau conselheiro quando precisamos de coragem para tomar as mais difíceis decisões.
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Fantasmas
20.3.10
DARK SIDE OF THE BALL
Mil e cem polícias destacados para garantirem a segurança na final de uma competição secundária de futebol?
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Questions Asked
MIAU MIAU?
Parece que a nova droga da moda é baseada em anestésico para cavalos.
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I Rest My Case
MÁS VONTADES
Coisas boas e coisas más.
No final, em quais repararás?
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a idade dos porquês
DÚVIDA METÓDICA OU SISTEMÁTICA?
Não sei, ainda estou a pensar...
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lost in translation
TEMPORAIS
Quando é óbvio que a embarcação está prestes a morrer no cais, o melhor a fazer é ir cortando as amarras.
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horizontes
CONFÚCIO DE BOLSO
Segredos inconfessáveis são como acendalhas inflamáveis deixadas sem cuidado junto à boca de um dragão criado pela imaginação e que acabam por atear focos de incêndio capazes de alastrar até ao ponto onde residem armazenadas as coisas que não queremos sabidas e nos impedem, em circunstâncias extremas de ebulição, de controlar a respectiva revelação.
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Cit(u)ações
OUT SIDE
De fora. Numa dimensão da vida que quem interessa nem cuida espreitar. De fora, no seu lugar. Num espaço distante, num mundo diferente que perde a piada quando se desvia um nadinha a estrada prevista a percorrer.
Acessório. Num tempo necessário para preparar uma nova investida pelos caminhos da vida, uma pausa polvilhada de incertezas, de recuos e de falsos pretextos para justificar tantas incógnitas.
Supérfluo até, quando arrisca quebrar o protocolo que lhe exige faça de conta que acredita nas histórias de embalar com que se desviam as atenções, na sequência, com uma postura agressiva imprópria de quem exige a paz apodrecida por silêncios e respostas em falta a mais.
A mais, precisamente. Uma verdade constante em cada mentira piedosa que se impõe a quem insista em determinar as estranhas regras do jogo a jogar.
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Fachadas
MOMENTO CALIMERO DA SEMANA
Tenho coisas, como tenho pessoas, que por mais que tente não consigo evitar me arranjem sarilhos e/ou preocupações.
Não sei sequer se é de mim, nem me interessa. Mas sei que mesmo quando me esforço e faço diferente para impedir que as tais coisas ou pessoas sirvam de ignição para as minhas explosões isso acaba quase sempre por acontecer, cedo ou tarde, nomeadamente quando tomo iniciativas que não seria previsível tomar.
Serei um caso perdido, presumo, mas gostava de conseguir perceber o que fiz mal ao destino para ser confrontado a todo o tempo com a minha impotência para não deixar de vestir, por sistema, a pele do mau da fita mesmo quando é de comédias que se trata...
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desabafos
19.3.10
NO SENTIDO BÍBLICO DA COISA E TAL...
Será que o Sansão quando foi traído pela Dalila terá também perdido a força na pila?
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Questions Asked
18.3.10
RENASCER
Percebeu que não conseguia sequer pensar-se sem ela e resolveu insistir, desistiu da ideia de partir e decidiu eliminar todos os factores de perturbação que conseguia identificar e respeitou o coração quando a cabeça o contestou.
Sempre que a tocou percebeu o acerto, queria-a cada vez mais perto e acreditava-se capaz de um dia voltar atrás, ao tempo da alegria sem reservas e do amor que o cativou.
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estórias instantâneas
SENS(OD)ORES
Agora existe um ambientador AirWick com sensor de movimento???
Bom, a pessoa quando se descuida sempre mexe um nadinha o traseiro...
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A Publicidade Faz de Mim o que Quer
EPITÁFIO
Insistiu de novo na receita de outrora, a receita ganhadora no tempo em que nada parecia feito por obrigação mas pelo apelo de tesão constante que agora surgia no horizonte como um passado para esquecer.
Mas pouco havia a fazer e foi esmorecendo no empenho, desinteressante como se sentia em quase tudo o que fazia para tentar recuperar pelo menos parte do que deixara de existir.
Sentiu que se aproximava a hora de partir quando confirmou, em registos publicados, que nos tempos ainda mais passados o problema nunca existiu.
Era mesmo um problema seu, foi isso que concluiu.
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estórias instantâneas
ÉS O QUÊ?
Deixa-te de tretas, pá. O único gajo mesmo brilhante de que ouvi falar é o surfista prateado...
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provocações gratuitas
POIS, TÁ BEM...
A vontade de sorrir é um dos métodos mais eficazes para contrariarmos a tendência para a má onda que os dias nos incutem.
(Alguém tem aí à mão uma anedota porreira que me dispense? Isso ou um raminho de salsa, tanto faz...)
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Porque não sorrir?
17.3.10
CONFÚCIO DE BOLSO
Existe um ponto a partir do qual se confundem a persistência corajosa e a estupidez mais teimosa.
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Coisas que Acabam
EXPLOSÃO
Às vezes basta uma pequena faísca saída de um olhar, um sorriso de encantar, para provocar a ignição de tudo aquilo que no coração fermenta.
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Reach For The Sky
IMPLOSÃO
Às vezes basta um pequeno lapso, apenas uma palavra que denuncia uma realidade alternativa à que se quer impingir. Não era isso que queria dizer, pensa a pessoa, e tenta corrigir. Mas sempre de forma atabalhoada, pois depois de solta a verdade dos factos ocultada já ninguém a consegue agarrar.
Às vezes basta a falta de jeito para se construir um muro de desconfiança tão resistente que nem o tempo será capaz de demolir.
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lost in translation
PREMONIÇÕES
Se calhar as pessoas escondem ou pintam o seu passado para que as outras não adivinhem o futuro que lhes está reservado.
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Se calhar?
ISTO É VERDADE
Alguém que comprovadamente nos mentiu várias vezes exige que acreditemos em tudo o que diz e entra em parafuso quando chamamos o boi (da mentira) pelo nome.
Não sei que nome dar a esta característica.
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a idade dos porquês
16.3.10
SERÁ PEC(ado)?
Aumentar impostos de forma encapotada através de cortes nas deduções fiscais?
(Nota: só hoje me apercebi que plagiei sem querer um título do Valupi no Aspirina. Shame on me, que estive 48 horas sem visitar um dos meus blogues de culto...)
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Questions Asked
15.3.10
14.3.10
INSERT COIN
Uma forma prática de manter portas fechadas é esconder as chaves em buracos negros circunstanciais.
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Desculpas da Treta
CLAUSTROFÓBICO MENTAL
Nunca tive jeito para labirintos. E ainda menos para lidar com becos sem saída.
Por isso acabo sempre por me perder nesse tipo de situação, petrificado pela incapacidade de reacção.
Ou exagerando as respectivas proporções.
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Mea Culpa
SERÁ DE MIM?
Nem sei bem porquê, mas sempre privilegiei os pedidos de desculpa entregues directamente ao destinatário do que por interposta pessoa ou no palanque público para a coisa soar (aparentemente) ainda mais sincera.
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I Rest My Case
MEA CULPA
Realmente, olhando para as postas mais recentes, é uma seca postar acerca de política por muito que estejam em causa os aspectos mais descaradamente cómicos da sua dinâmica.
Estou arrependido, admito, por esta tentação demoníaca que demasiada exposição à SIC Notícias me suscitou.
Tentarei evitar que se repita.
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(A)Partidarismos,
Mea Culpa
CONGRESSO LARANJA (o epílogo)
A líder cessante afinal deu uma cabeçada à entrada e um tiro no próprio pé à saída, quando entendeu subscrever a moção do camarada Santana que rasga o conceito de liberdade de opinião e de expressão aos militantes de um partido que pode e quer ser poder.
E encaixei-a aqui:
(A)Partidarismos
13.3.10
CONFISSÕES DE UM HOMEM APAIXONADO
Este é o primeiro blogue por mim seleccionado de entre todos os que constam no Blogómetro com menos de 50 visitas diárias e que por algum motivo, nomeadamente o respectivo título, prenderam a minha atenção.
O blogue da Liga dos Últimos que vos recomendo, e cujo nome até prometia amor eterno, durou precisamente seis meses e oito posts...
Algumas tiradas ao acaso:
"Conhecer pessoas é como assistir ao nascimento das mesmas (...)"
"Na fase da sedução não se deve entregar o jogo todo."
"Bem, para quem esperou 21 anos pelo primeiro beijo posso esperar mais uns meses não acham?"
E encaixei-a aqui:
liga dos últimos
CONGRESSO LARANJA (3)
O timbre da voz do candidato Paulo Rangel quando tenta entusiasmar a audiência só tem paralelo no da moça que canta o último spot publicitário do Pingo Doce.
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(A)Partidarismos
CONGRESSO LARANJA (2)
Depois da colisão frontal com uma câmara de televisão logo à entrada do congresso Manuela Ferreira Leite é a primeira militante do PSD a poder queixar-se com justa causa de ser vítima de má Imprensa.
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(A)Partidarismos
CONGRESSO LARANJA
E encaixei-a aqui:
(A)Partidarismos
12.3.10
11.3.10
POR OUTRO LADO...
Porreiro, porreiro, é constatar pelo caminho os primeiros sinais da Primavera que não tarda.
E encaixei-a aqui:
trivialidades e afins
10.3.10
FEL E CIDADE
Não combinam.
Nem mesmo no mais amargo dos mitos urbanos.
E encaixei-a aqui:
lost in translation
MESTRE D'OBRAS
Olhou os estragos irreparáveis naquele caminho e parou para tomar decisões. Já não era possível seguir por ali, apenas contornar os danos e acreditar que não haveria enganos na escolha do percurso melhor.
Seria um caminho diferente, desviado do cuidadoso traçado original, mais sinuoso, talvez mesmo inviável a curto prazo pelo transtorno evidente que causava a quem o calcorreava agora sem grande entusiasmo, a pé.
Precisava tomar uma decisão, fechar aquele caminho à circulação ou meter mãos à obra para construir uma ponte por cima da destruição que alterara a percepção de quem ali passava todos os dias sem folgar.
Uma ponte para disfarçar o mal já feito, a desculpa mesmo a jeito para as mudanças necessárias em hábitos prejudiciais dos utentes normais daquela via, ou um caminho alternativo que poderia a ninguém servir.
Precisava decidir e sentia a pressão de quem sabia por antecipação a resposta desagradável, o dilema inevitável pela culpa formada, a certeza de que aquela estrada já trazia pouco de bom a quem a percorria aparentemente só porque sim. Antevia-lhe o fim, assim danificada, na sua mente amargurada que conduzia à desistência do projecto inicial, aquilo que sentia como um mal mas entendia necessário para evitar perdas ainda maiores a qualquer utente desagradado com a situação.
Olhou a possível reparação como uma mera utopia, um investimento que não garantia um futuro em condições, que implicava alterações de cariz temporário, remendos de asfalto precário e de betão para camuflar a destruição quando parte da obra colapsou. E o resto acabaria por ceder, adivinhou, certamente seria o caso e isso tornava qualquer atraso na decisão num risco de que a razão o dissuadia.
Aquilo que previa há algum tempo ao observar no pavimento as marcas iniciais do processo de degradação acabara por acontecer.
Olhou o caminho com olhos de ver. E depois sentiu-se egoísta na sua pele de malabarista do remedeio e respeitou o anseio de quem por ali passava e dizia que já pouco ou nada agradava no percorrer daquele chão. E por fim tomou a sua decisão.
Seria um caminho diferente, desviado do cuidadoso traçado original, mais sinuoso, talvez mesmo inviável a curto prazo pelo transtorno evidente que causava a quem o calcorreava agora sem grande entusiasmo, a pé.
Precisava tomar uma decisão, fechar aquele caminho à circulação ou meter mãos à obra para construir uma ponte por cima da destruição que alterara a percepção de quem ali passava todos os dias sem folgar.
Uma ponte para disfarçar o mal já feito, a desculpa mesmo a jeito para as mudanças necessárias em hábitos prejudiciais dos utentes normais daquela via, ou um caminho alternativo que poderia a ninguém servir.
Precisava decidir e sentia a pressão de quem sabia por antecipação a resposta desagradável, o dilema inevitável pela culpa formada, a certeza de que aquela estrada já trazia pouco de bom a quem a percorria aparentemente só porque sim. Antevia-lhe o fim, assim danificada, na sua mente amargurada que conduzia à desistência do projecto inicial, aquilo que sentia como um mal mas entendia necessário para evitar perdas ainda maiores a qualquer utente desagradado com a situação.
Olhou a possível reparação como uma mera utopia, um investimento que não garantia um futuro em condições, que implicava alterações de cariz temporário, remendos de asfalto precário e de betão para camuflar a destruição quando parte da obra colapsou. E o resto acabaria por ceder, adivinhou, certamente seria o caso e isso tornava qualquer atraso na decisão num risco de que a razão o dissuadia.
Aquilo que previa há algum tempo ao observar no pavimento as marcas iniciais do processo de degradação acabara por acontecer.
Olhou o caminho com olhos de ver. E depois sentiu-se egoísta na sua pele de malabarista do remedeio e respeitou o anseio de quem por ali passava e dizia que já pouco ou nada agradava no percorrer daquele chão. E por fim tomou a sua decisão.
E encaixei-a aqui:
Dissidências
CONFÚCIO DE BOLSO
Às vezes é mais fácil tomar decisões com base em pretextos que se agarram conforme aparecem, precisamente porque estes deixam em aberto o caminho para explicações alternativas à verdade que não se quer assumir.
E encaixei-a aqui:
Cit(u)ações
A VOZ DA EXPERIÊNCIA
E de repente uma pessoa percebe que consegue sobreviver sem coisas que julgava absolutamente vitais.
E encaixei-a aqui:
Coisas que Acabam
9.3.10
ATÉ DÁ GOSTO...
Ter uma atitude bonita para com alguém e receber apenas o costumeiro silêncio indiferente em troca.
E encaixei-a aqui:
Coisas que Acabam,
direito à indignação
8.3.10
QUEM NÃO OS CONHEÇA QUE OS COMPRE...
Para algumas e alguns blogar é mais ou menos como saltar num trampolim.
E encaixei-a aqui:
provocações gratuitas
7.3.10
INCLINAÇÕES
Algumas pessoas da Ciência acham desnecessários e mesmo absurdos alguns objectos de estudo das pessoas das Letras.
Hoje, ao ouvir um cientista falar, todo entusiasmado, acerca do plano inclinado de Galileu, esse aparentemente significativo conjunto de dois pedaços de madeira, quase consegui entender o ponto de vista das tais pessoas da Ciência.
E encaixei-a aqui:
lost in translation
6.3.10
LIVE FROM THE TOILET
Eu sei que ninguém tem nada a ver com isso, mas este é o meu post de estreia em directo do wc.
Sim, numa clara exibição de todo o meu modernismo troquei a revista Maria ou a última edição do Sol pelo meu portátil, rentabilizando assim o custo estupidamente elevado que nos cobram em Portugal pelos prazeres do wireless.
Assim à primeira vista posso adiantar (este post comprova-o) que a coisa é viável, embora me soe ridícula e não seja tão ergonómica quanto os entreténs em papel.
E sim, resisti à tentação de dar o título de "O meu primeiro post (assumido) de merda"...
E encaixei-a aqui:
In Directo,
Novas Experiências
MIL VEZES REPETIDAS
A maioria das pessoas não mentem (ou omitem) aos outros com a consciência desse facto.
Muitas vezes essas tretas são apenas a exteriorização do resultado de tanto mentirem a si próprias.
E encaixei-a aqui:
nunca dormir no ponto
5.3.10
CONTAGENS DECRESCENTES
Nem às da NASA a malta liga grande importância.
E encaixei-a aqui:
Coisas que Acabam,
Saudade
4.3.10
MONARQUIA PÁRA-QUEDISTA
É imprescindível que se explique a alguns plebeus mais mediáticos que não podem, de todo, pretender o título de sua alteza mas apenas de sua altitude ou coisa que o valha.
E já agora avisem-nos de que quanto mais alto o voo maior a queda.
E já agora avisem-nos de que quanto mais alto o voo maior a queda.
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com dedicatória
3.3.10
UMA QUESTÃO DE PONTARIA?
Basta apontar para o óbvio e nunca se falha...
E encaixei-a aqui:
Reincidências
MAINADA!
As pessoas não valem pelo calibre dos seus momentos menos bons mas sim pelo estofo que exibem quando têm tomates para os assumir e ainda acrescentam um pedido de desculpa.
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com dedicatória
SAUDADE DO VERÃO
Alguém me disse que desde o dia 22 de Dezembro não houve um dia em que não chovesse pelo menos numa zona qualquer do país.
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trivialidades e afins
BOM DIA...
Não há como uma pessoa sentir-se indesejada e inconveniente logo ao primeiro telefonema da manhã.
E encaixei-a aqui:
desabafos
2.3.10
OS ÓSCARICAS DA BLOGOSFERA
Mais uma vez o Marco do Bitaites tem razão no que afirma. Em causa estão os Óscaricas da blogosfera, promovidos por uma excelente marca de cerveja.
A iniciativa explora de forma imbecil (mas coerente) a sede de projecção de alguns blogueiros e assim obtém de borla aquilo que muitos afirmam recusar a pagantes nos seus blogues: publicidade.
Pois é, o Marco topou-os e apanhou-os com a boca na botelha mais a caricomania que vai começando a ruborizar cada vez mais blogues com o vermelho vivo do seu dístico caçador de papalvos para as bases de dados.
Não tenho nada contra a esperteza (dos publicitários) saloia (dos destinatários) da empresa que até produz as melhores jolas, nem mesmo contra quem abraça esta ideia como uma hipotética catapulta para mais altos vôos no sitemeter. Cada um come e bebe do que gosta.
Mas assim de repente, acho que desde a onda das correntes e dos prémios "este blogue é o suprasumo da batata frita" não aparece nada de tão sintomático de uma espécie de bebedeira virtual que às vezes se apodera desta comunidade de totós.
E encaixei-a aqui:
A Publicidade Faz de Mim o que Quer
TIROS NO ESCURO
Apenas o anseio e a esperança, o receio de que uma cega confiança possa induzir uma euforia que venha a produzir uma desilusão profunda no futuro de qualquer amor. O risco a correr de olhos fechados, sempre a esquecer desgostos passados que sabemos injustos quando assumidos como lições.
Afinal as emoções são formatadas de acordo com o perfil de cada pessoa, seja má ou seja boa, mais a experiência de um presente onde o futuro se esboça e o passado que não se esqueça nunca arranja lugar.
A vontade de ultrapassar hesitações por muito que se encontrem razões em sentido contrário num percurso temerário pela aventura emocional, um impulso irracional que nos move para diante, um sobressalto constante que nos realça a dimensão das coisas do coração numa vida que valha a pena.
A entrada imprevista em cena da paixão protagonista que altera o guião e obriga a esquecer as reservas que possamos ter, amnésia necessária para impedir que a nossa história influencie de forma prejudicial e intuímos fundamental para dar uma oportunidade ao amor de verdade, à maneira, que só assim se faz.
Sem lhe pregar uma rasteira por estarmos sempre de pé atrás.
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Lessons Learned,
Pintado de Fresco
1.3.10
IA SENDO...
Em poucos dias perdi e reencontrei coisas às quais pouca importância atribuo no dia a dia mas percebi, enquanto as procurava, que me fazem imensa falta.
Se calhar é mesmo preciso perder as coisas para lhes dar o devido valor.
E encaixei-a aqui:
Se calhar?
CAMINHOS
Andar a pé é um excelente exercício para a mente.
E é bom para clarificar a visão (das coisas) também.
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Reincidências
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