11.8.09

COMO UM MAL

Como um insecto que se enxota do ombro apenas porque sim. Como um dejecto expelido, sacudido para outro lugar. Como uma maçada de aturar, rejeitada assim, na ausência que nunca se sabe quanto irá durar. Como um incómodo que se expulsa num gesto de repulsa sem explicação posterior. Como uma melga que zune de forma insuportável, que se esmaga, execrável, com um dedo capaz de premir um simples botão. Como uma dor no coração que se sente quando a realidade desmente um sonho qualquer.

Como uma erva daninha, uma praga, uma moléstia que nos estraga um intocável jardim.

Às vezes as pessoas podem sentir-se assim.

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