O gajo estava na outra ponta do balcão, sozinho. Deixou de a olhar assim que a percebeu acompanhada, cavalheiro. Mas depois levantou de novo os olhos do tampo do balcão quando a ouviu quase insultada pelo companheiro de circunstância. Levantou-se de imediato e aproximou-se de forma ostensiva, sem recorrer sequer ao elemento surpresa. O outro falava cada vez mais alto e mais grosseiro. Ela protestava como podia, pequena à sua beira. E o outro, exaltado em demasia, levantou a mão.
E ele entretanto chegou e foi dele a mão que primeiro acertou, enquanto a outra partia uma garrafa cujo gargalo cheio de pontas afiadas bastou para dissuadir o outro de qualquer reacção estapafúrdia. Levantou-se e deu ao outro uma oportunidade para sair. E assim foi.
Mas a cena passou-se à minha frente a preto e branco. E foi por isso que percebi que estava a sonhá-la.
4 comentários:
não voltes a comer o tal pernil! é de digestão difícil...
Acho que nunca sonhei a preto e branco... Será grave?
Pronto, Gaija, vou já tomar o kompensam da ordem...
Não é grave, de todo, só acontece a dinossauros como eu que acham piada ao Bogart e assim...
Enviar um comentário