31.10.09
30.10.09
UM FAVOR AO HUMOR
Santana vai mesmo assumir o cargo de vereador na Câmara Municipal de Lisboa.
Tudo bem, não pode fazer grandes estragos e sempre se arranja matéria para uns posts pra rir...
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Porque não sorrir?
29.10.09
ÀS QUE TENHO E ÀS QUE POSSA CRIAR
Decididamente: vou adoptar um bloqueio total às expectativas.
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Na Porta do Frigorífico
28.10.09
GRANDES QUESTÕES DA HUMANIDADE
Que tipo de relação se estabeleceria entre o Batman e um vampiro?
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Questions Asked
LACUNAS
Se nada faltasse quem se disponibilizaria para obter?
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a idade dos porquês
27.10.09
A RAZÃO QUE NÃO PERDI E POUCO MAIS
É impressionante como as pessoas sem princípios morais, quando acumulam com o facto de serem estúpidas que nem uns barris, se desmascaram de forma infantil nos seus esquemas fajutos. Nem é preciso abanar muito a árvore para tombarem no chão os frutos apodrecidos das suas consciências mesquinhas.
Claro que nunca me alegra tal constatação, sobretudo quando se trata de gente com quem tenho que lidar por obrigação moral ou outra, mas sinto sempre algum gozo por perceber que as minhas atitudes (que alguns consideram reprováveis por violarem estatutos sagrados por instituição) acabam por ser as mais adequadas em face das circunstâncias.
É, no fundo, uma forma de atenuar o desgosto com uma justificação plausível para reagir em conformidade.
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Coisas que Acabam
WHO CARES?
É óbvia a tentação dos cidadãos anónimos para promoverem figuras públicas sempre que possuem esse poder e isso dá a ideia de que é uma forma de se sentirem eles próprios (os anónimos) mais públicos um nadinha.
26.10.09
TRADIÇÃO A RESPEITAR
Existe em alguns países a tradição de improvisar um púlpito no meio da rua para falar à multidão que passa, na prática em monólogos (porque ninguém lhes responde) destinados acima de tudo a atenuar a sede de comunicação dos que botam discurso dessa forma.
Mas em Portugal não.
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Na Porta do Frigorífico
CARTAS EXTRAVIADAS
Palavras desperdiçadas, palavras lançadas para o ar a ver se ele as consegue transportar para um destino longínquo onde não conseguem chegar, perdidas pelo caminho, ignoradas por quem as não recebeu.
Palavras gritadas ao céu, sem eco nas nuvens que as ouvem passar, palavras lançadas para o ar, destinadas a vaguear sem rumo pelo espaço como sinais de fumo que o vento acabará por dissipar.
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lost in translation
BEM VISTAS AS COISAS...
Depois de um ano a contemplar o oceano a partir da ilha deserta onde encontrara a salvação, o náufrago tivera tempo para pensar a sua condição.
Desaparecido do mundo, dado como morto, assim o julgava, sentia que no fundo de nada adiantava preocupar-se em demasia com a situação.
Habituara-se à solidão, ao sossego, e há muito desistira de tentar sinalizar a sua presença para que o levassem de novo para a vida que conhecera e não sabia agora se pretendia recuperar.
Esperava afinal que o acaso lhe enviasse um sinal e logo veria o que lhe daria para fazer.
E nesse dia acabaria por acontecer. Viu o fumo e o contorno de uma embarcação no horizonte e acelerou-lhe o coração na expectativa, seria a hipótese de ouro para uma tentativa de ser finalmente encontrado, de ser resgatado daquele desterro a que uma tempestade mais forte o condenara.
O primeiro impulso foi o de reunir lenha e folhas de palmeira para atear uma fogueira.
Porém, depois de medir bem o que estava em causa, optaria por utilizar tudo aquilo para camuflar todos os traços da sua presença e depois cavou um buraco para se esconder.
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Dissidências
25.10.09
EQUÍVOCO FRATERNAL
Bate em retirada para um ponto distante de qualquer estrada, corre sem olhares para trás, sempre que não perceberes o que te faz avançar de peito aberto para a orla de um deserto, aquilo que te pareça uma porta aberta para a ponta da baioneta apontada ao coração.
Foge sem vergonha da emoção institucionalizada, essa ameaça velada à tua segurança que destrói a confiança quando vais sentindo nas costas o cutelo que sabes não ser enterrado pelo inimigo declarado mas antes pelo perigo camuflado entre aqueles que não acreditas insidiosos.
Abandona o barco aos primeiros sinais manhosos, pois não conseguirás evitar que se afunde e pouparás assim outro naufrágio à tua convicção por descobrires outra intenção que não a melhor, agarra-te à tábua de salvação que é o amor e flutua acima do que te pode destruir.
Não esperes pelo que possa vir de bom quando notares a mudança de tom, afasta-te de imediato e isola-te na trincheira que é a unica maneira de ganhares o tempo necessário para estudares o adversário e garantires a sobrevivência da tua persistência no contacto pessoal.
Aprende a identificar o mal que possa espreitar nas farsas e nunca desarmes perante algo que desconheças, mesmo que te possa soar muito próximo, familiar até.
Bate em retirada enquanto puderes fazê-lo pelo teu próprio pé.
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nunca dormir no ponto
MICRO-ROMANCE DE OUTONO
Sentou-se à espera dela debaixo de uma árvore no final do Verão.
E dali não saiu até a última folha desertar.
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estórias instantâneas
FILHO ÚNICO
Por acaso lembrei-me agora que ontem pude celebrar outra efeméride feliz.
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Efemérides em Condições
24.10.09
MARAFILHA
Nunca na vida experimentei ou (tudo indica) experimentarei alegria igual.
Há dez anos nasceu a herdeira de tudo quanto (tudo indica também) não deixarei.
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Efemérides em Condições
23.10.09
LIBERDADES
E afinal o que é um marginal senão alguém com a coragem de romper com a normalidade e criar, sem grilhões, a sua própria dimensão?
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a idade dos porquês
EFÉMERA
Brilhava ao sol e encantava todos quantos por ali passavam. Como um diamante, pintava de cores a luz e atraía olhares que a admiravam, todos diziam que dela gostavam.
Mas o sol estava forte demais nesse dia. E a pedra de gelo derreteu.
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As Time Goes By
A DAY AT THE OFFICE
Porque é que hoje só me entram hipócritas e outras criaturas execráveis pela porta?
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Questions Asked
22.10.09
(AM)ARTE
Tinhas a cor da alvorada, essa cor pelo sol pintada ao nascer, quando conseguiste adormecer ao meu lado, depois de tanto tempo passado numa tela branca, lençol, desenhando a dois o contorno de corpos saídos de um forno, humedecidos pelo orvalho dos suores trocados, dos tons misturados na paleta de um amor tão colorido como o arco-íris que vi nascer no teu olhar quando começaste a lacrimejar de felicidade, pouco antes da madrugada partir e as nossas sombras surgirem na parede do quarto como traços de lápis de carvão.
E tu a dormir com a cabeça pousada onde me bate o coração.
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Reach For The Sky
OU TALVEZ NÃO
Pelo filho que não terei, outro filho de que abdiquei, não preciso chorar a perda que jamais aconteceu, felizmente.
Talvez chore um dia o destino diferente que me ofereceria, realista, esse filho que faria, egoísta, um filho que não posso ter, e restará, algo me diz, a certeza de que no futuro me arrependerei não do que fiz mas apenas do que deixarei por fazer.
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horizontes
ARRRGGGHHH!
O sol brilha e os passarinhos cantam.
(E eu tou fechado no cabrão de um escritório...)
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desabafos
CONFÚCIO DE BOLSO
A angústia é talvez o maior transtorno para a viabilidade de uma ilusão bem sucedida.
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Cit(u)ações
INSEGURANÇA FOR DUMMIES
Como é possível acreditar na hipótese de acertar na chave do Euromilhões e descartar a possibilidade de surgir ao caminho de quem amamos alguém que impressione mais do que nós?
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a idade dos porquês
TUDO SE EXPLICA
Pela dificuldade de qualquer pessoa vulgar conseguir transcender-se e apenas a espaços.
Esse é o maior preço a pagar pela sorte de privar com pessoas especiais.
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Fantasmas
21.10.09
ESCRITAFIT
Desisti das tertúlias modernas quando me fartei dos exercícios de menino de escola, desafios de escrita sem nexo destinados, diziam, a aprimorar o talento de quem levava a literatura a sério.
Eu sou do tempo (e detesto ser do tempo) em que uma tertúlia consistia numa reunião de amigos unidos pelo prazer de escrever, gente que conversava, que ria, que pensava, que bebia e pelo meio abraçava o debate de temas ligados (ou não) aos livros e sobretudo a quem os escreveu.
Fazia mais sentido assim, pelo menos para mim.
E agora sinto-lhes a falta, desaparecidos que estão os escribas de uma geração que entendia as letras como um espelho da vida e não como uma espécie de olimpíada (pseudo) literária para "atletas" arrogantes e sabichões.
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Saudade
O GÉNIO DA BOLA
Um tempo distante, um tempo amante num futuro por conhecer, num amanhã que sinto fundamental.
Mas neste presente a acontecer (que não tenho como lhe resista) acaricio, optimista, a minha bola de cristal.
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Reach For The Sky
FECHEM AS URNAS, PORRA!
A réplica meio fraquita do programa do Jon Howard que serve de figurino para o actual programa dos Gato Fedorento está de tal maneira esgotada que me dá a sensação de que os próprios já estão desertinhos para acabar com aquilo.
Além disso, e a minha opinião vale o que vale, este modelo 1+3 (o RAP mais os outros) é a receita ideal para destruir aquilo que de melhor tem o grupo que, digam o que disserem, vale pelo colectivo por muito que a SIC queira acreditar no contrário.
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trivialidades e afins
É QUASE INDECENTE
Ter que assistir de braços cruzados ao definhar de trabalhos meritórios.
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desabafos
20.10.09
SOLITAIRE
Deixou-se embalar pela fúria do desejo, comprimindo-a com o vigor que trazia de um dia de trabalho a pensá-la e a sonhar com aquele momento.
Fechou os olhos à espera do beijo que sabia não receber, mas a vontade que sentia de o ter levava-o a aproximar o rosto dos lábios carmim.
Mas distraiu-se com a fivela do cinto e a boneca, furada, esvaziou-se até ao fim.
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pequenos dramas do quotidiano
19.10.09
SERÁ DE MIM?
Há uma merda qualquer que me anda a dar cabo da paciência para aturar os outros.
E o meu maior problema é não conseguir sequer perceber onde está alojado o bicho...
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desabafos
UMA SEMANA A ESTREAR
Um ciclo que começa, carregado de emoções fortes e de afazeres em catadupa.
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As Voltas que a Vida Dá...
18.10.09
UM CONSELHO AMIGO
Se gostam dos vidros da vossa casa e prezam as boas relações de vizinhança nunca tenham a televisão com o volume de som muito alto quando passar no bloco publicitário o novo anúncio do Pingo Doce.
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A Publicidade Faz de Mim o que Quer
PREDESTINAÇÕES? MAYBE NOT...
O destino é como a plasticina. A substância pode ser sempre a mesma, mas há maneiras de a moldar no presente para lhe conferir outras formas para o futuro que ambicionamos.
Pode não resultar na mudança que desejaríamos, mas pelo menos sempre estamos entretidos a tentar...
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Cit(u)ações
16.10.09
DE DISFARÇAR
Perdem-se pedaços da tua alma pelas frestas dessa rolha precária que constróis com a tua sede de esconder aquilo que acaba por a corroer a partir de dentro, desse conteúdo amargo que deixas escapar de cada vez que decides falar errado e te denuncias incapaz.
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Desculpas da Treta
UM DIA DE VERÃO LÁ FORA...
...E eu aqui, longe de tudo quanto é prazer que me apetecia agora...
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desabafos
DIA MUNDIAL DA DOR
Este gostava mesmo que o levassem a sério...
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Efemérides em Condições
DIA DA COLUNA
Aí está um dia irrelevante para os políticos e outros invertebrados.
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provocações gratuitas
15.10.09
TENHO QUE REPRIMIR-ME MENOS...
Se nos dá vontade de mandar alguém à merda e reprimimos essa tentação isso dá direito a uns pontinhos na cena de irmos para o céu, não é?
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Milagres da Fé
14.10.09
TEMPO DE PRAIA EM OUTUBRO
Não podia haver melhor argumento para quem leva a sério a questão do aquecimento global.
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I Rest My Case
BICO CALADO
Como com uma espécie de fita adesiva imaginária, cubro os lábios e os dedos com as lições de uma história que regista a realidade de episódios nos quais acabei invariavelmente com o estatuto de perdedor.
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Dissidências
13.10.09
EU NÃO CONSIGO
Zangar-me a sério com uma gaja tão gira como a Maitê Proença
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Mea Culpa
CABEÇA NO AR
Nunca consegui perceber porque é que quando o coiso agarrado a mim me agarra com as mãos eu tenho reacções distintas.
Num mesmo dia ele pode mexer-me várias vezes e tanto me dá para me deixar estar como se nada fosse como me dá para arrebitar que nem um periscópio à procura de um sítio para enfiar o torpedo.
É nessas alturas incompreensíveis para mim que acredito que por vezes se estabelece uma ligação especial entre nós, um não sei o quê que gera uma força que não sei explicar e que me obriga a levantar como uma serpente no cesto do encantador.
Terá alguma coisa a ver com passarinhas?
É que eu nesses momentos sinto-me como que a voar...
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monólogos da piroca
DA MINHA (CAR)TOLA
Queria saber como dizer as palavras mágicas, de ser capaz de te proteger do bruxedo ou simples desacerto pontual que te inspira um medo que afinal em mim não encontra qualquer justificação.
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For your eyes only
12.10.09
EXTRACTO DE NOVELA DA TVI
- O nosso bebé precisa sentir que nós amamo-nos.
- Tens que te alimentar, Márcia.
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Inutilidades
ASPIRINA B DESVIADO
Só acontece comigo ou quando clicamos no linque do Aspirina vamos parar a um sítio esquisito?
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pequenos dramas do quotidiano
10.10.09
BIGODINHO SINDICAL
O surpreendente apoio de Carvalho da Silva à candidatura de António Costa escancarou as portas da CGTP para o bigodinho mais irritante deste país.
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(A)Partidarismos
9.10.09
8.10.09
CONTINUO A APRECIAR A COERÊNCIA...
...Dos bacanos "porreiraços" e montes de sinceros e o camandro, daqueles de quem toda a gente gosta à primeira vista mas convém não olhar uma segunda, que apregoam em posts escondidos nos arquivos o seu desprezo pelos contadores e que blogam para si próprios e mais uma data de tretas que ficam bem nas suas fotografias.
E de repente, sabe-se lá como e porquê, aparecem pela surra com os seus blogues inscritos no desprezível Blogómetro (que, como toda a gente sabe, é vocacionado para quem não liga nada ao número de visitantes do seu espaço para si próprios e o camandro).
E eu, que até fui um mauzão por achar que esses bacanos porreiraços não eram assim tão santos, dou comigo a pensar que às vezes dá mesmo vontade de mandar à merda as tóinas e os tóinos que desatinaram comigo por não papar alguns grupos.
Mas depois não mando. Porque ao contrário dos répteis que escondem a opinião branca no passado para mais tarde rastejarem das suas covas e pintarem de preto as atitudes (e já não estou a falar só da caca dos contadores e da incoerência que os desmascaram como embustes), sou coerente no desprezo que dedico tanto aos prevaricadores como aos seus cúmplices de circunstância.
E é a esses que gosto de saber bem enfiada esta carapuça.
VOLUNTÁRIO À FORÇA
Por mais discreto que me queira manter nos grupos a que pertenço acaba sempre por me tocar o pincel que ninguém quer agarrar...
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desabafos
QUERO SENTIR ASSIM
Ouço um grito nessa noite, um grito bem forte. E vejo brilhar uma luz nesse olhar e percebo a sorte que tenho por ser meu o privilégio de assistir ao momento em que te faz rir não aquilo que se diz mas o facto de te sentires feliz por seres minha nesse tempo que celebras com o grito que ouço nessa noite em que te faço coisas que não te importas de repetir enquanto a vida nos permitir e me disseres anda cá.
Enquanto o amor que fizermos jogar certo com o que sentimos e aquilo que ouvirmos for um grito ou mesmo um gemido pelo prazer acrescido que cada noite nos dá.
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Reach For The Sky
NUNCA MAIS É SÁBADO
Para uma semana mais curta esta está a soar-me demasiado comprida...
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Inutilidades
7.10.09
APETECEU-ME TRABALHAR AO SERÃO...
Eu trabalho em seguros, sou suspeito. Mas é que não me entra na cabeça como é que a malta alinha nas seguradoras telefónicas só por serem mais baratas, sabendo que uma caldeirada em seguros pode significar um dinheirão e tempo perdido...
Alguém acredita em milagres? Ou acham que eles são mais baratos porque os clientes deles são todos uns condutores exímios e só arranjam os carros em oficinas de vão de escada? (E a publicidade na TV para eles é de borla, pois...)
Acordem, em seguros só se pode poupar num aspecto: mão de obra.
E assim, já chegam lá?
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nunca dormir no ponto
(A)CAMPANHA(-ME) NO RACIOCÍNIO?
Cheguei a ver a turba incendiar um automóvel por trazer bandeiras do CDS, no tempo em que a jovem Democracia ainda não conseguia controlar as hormonas.
Eram dias conturbados, sem dúvida, mas o povo exaltava-se porque estava em causa a escolha (a imposição?) de um modelo alternativo de sociedade e os partidos mais à direita lembravam em demasia os 48 anos de bafio.
Mas era a ideologia que estava em causa e chegou a falar-se em guerra civil quando os cidadãos comuns começaram a reunir armas no cimo dos roupeiros e faziam-se rusgas para encontrar os potenciais inimigos da Revolução no meio das ruas.
Agora as escaramuças têm a ver com pessoas, com feitios, com espíritos de grupo nascidos do mesmo fenómeno que anima as claques desportivas.
Têm a ver com meras disputas pelo poder que se encara como uma questão pessoal e nunca como uma escolha consciente de um programa eleitoral que, de resto, as turbas modernas nem querem conhecer, mas com discursos de treta para endrominar papalvos.
A Democracia envelheceu demasiado depressa.
E não chegou a amadurecer. Ficou logo senil.
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(A)Partidarismos
6.10.09
BASTOU UMA SURPRESA AGRADÁVEL
E o meu dia encheu-se de sol.
Há algo de mágico nos gestos simples que nos encantam.
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Pequenos Prazeres
5.10.09
QUANDO EU ERA (AINDA MAIS) CHAVALO
Ouviam-se gandas malhas. E dançavam-se slows, que eram uma espécie de preliminares para depois curtirmos num canto discreto das matinés no Porão da Nau ou assim.
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Coisas que Acabam
4.10.09
EM CLAUSURA
Conversou animadamente com o seu próprio holograma para combater a solidão. Depois ligou o comunicador global, tentando encontrar algo que lhe prendesse a atenção, mas não conseguiu distrair-se da sensação desconfortável que o perturbava.
Levantou-se da cadeira anti-gravitacional que comprara dias antes numa promoção da maior cadeia de gigamercados do planeta, decidido a arranjar algo de interessante para fazer. E apenas lhe ocorreram as tarefas de rotina como a verificação de segurança dos sistemas anti-intrusão do condomínio blindado e do funcionamento do filtro de ar.
Entediado, acabaria por espreitar pelo ecrã panorâmico que lhe permitia olhar para o jardim sob a cúpula onde já ninguém passeava há meses, desde a última brecha de segurança no muro dinâmico que haviam garantido inexpugnável. Não era. E quatro pessoas acabariam por perder a vida às mãos de um bando de miseráveis vindos do lado de fora, os inimigos do costume do sossego prometido pelo mais recente Governo eleito por pouco mais de cinco por cento da população chipada.
E sentiu-se mais do que nunca saudoso dos dias da juventude, quando ainda podia sair à rua durante o dia para tomar café.
Levantou-se da cadeira anti-gravitacional que comprara dias antes numa promoção da maior cadeia de gigamercados do planeta, decidido a arranjar algo de interessante para fazer. E apenas lhe ocorreram as tarefas de rotina como a verificação de segurança dos sistemas anti-intrusão do condomínio blindado e do funcionamento do filtro de ar.
Entediado, acabaria por espreitar pelo ecrã panorâmico que lhe permitia olhar para o jardim sob a cúpula onde já ninguém passeava há meses, desde a última brecha de segurança no muro dinâmico que haviam garantido inexpugnável. Não era. E quatro pessoas acabariam por perder a vida às mãos de um bando de miseráveis vindos do lado de fora, os inimigos do costume do sossego prometido pelo mais recente Governo eleito por pouco mais de cinco por cento da população chipada.
E sentiu-se mais do que nunca saudoso dos dias da juventude, quando ainda podia sair à rua durante o dia para tomar café.
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FC
VERY SIC, A NOTÍCIAS
Os noticiários da SIC Notícias(?) desta madrugada, às duas e às três, foram exactamente iguais. Apenas uma notícia, a da vitória do Braga sobre o Setúbal.
Um canal de televisão inteiramente dedicado à informação, dezenas de jornalistas(?).
Um país e um planeta completamente parados durante duas horas...
Um Director de Informação sem vergonha na cara se não apresentar depressa a respectiva demissão.
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Puro Nojo
TRATO O AMOR POR TU
E mesmo assim nem sempre consigo lidar com ele em condições.
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pequenos dramas do quotidiano
3.10.09
E ESSE SOU EU
Estou prestes a ter que enfrentar o meu pior inimigo sem qualquer tipo de compaixão.
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Fantasmas
2.10.09
EU SEI, EU SEI
Até sou um gajo porreiro.
Mas tenho a péssima tendência para falar demais.
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Mea Culpa
CUMPLICIDADE
É quando alguém pratica um crime e outra pessoa dá uma mãozinha.
Tudo o resto é folclore.
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trivialidades e afins
CONTINUO CHEIO DE SAUDADES
Do meu cão. E do quanto se revelou leal até ao fim.
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Saudade
A APRECIADORA
Nem pensou duas vezes quando ela lhe passou a mão pela barguilha, um ligeiro apertão, e lhe deu a entender que seria sua ali mesmo, no meio da rua, depois de um serão nos copos recheado de olhares esclarecedores.
Procurou de imediato um local mais sossegado e encostou-a numa parede e beijou-a como se disso dependesse a sua sobrevivência, forçando o contacto para que ela percebesse o quanto a queria naquele preciso instante.
E foi de rompante que a possuiu, avançando por entre as pernas que ela abriu, generosa, para o acolher em si.
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estórias instantâneas
WASTED TIME
Tentou equilibrar a parada, não falhar com as referências, com as demonstrações do amor que lhe dedicava para que jamais se pudesse sentir menos importante na sua vida, inferior por comparação. Mas seria tudo em vão.
Distraída, ocupada, sem tempo nem dedicação para romancear, passou-lhe ao lado quase tudo quanto lhe foi dedicado, nem viu.
Até ao dia em que ele, cansado, finalmente desistiu...
E encaixei-a aqui:
Reincidências
1.10.09
REPTILÍNEAR
A recta descendente no gráfico que desmente, num estranho tráfico de influências, a mera ilusão de uma hipótese de manutenção, inconfidências, do estatuto que abraçou.
Prostituto que se deixou sodomizar por uma vida a tentar uma calma (con)sensual, falido, optimista que acabou fodido pelo excesso de confiança que lhe ofereceu a serpente da esperança que no final o envenenou.
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Coisas que Acabam
E QUALQUER DIA...
Vejo-me grego para calar esta vontade de gritar tudo aquilo que me desassossega.
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desabafos
(DE) RASTOS
Olhou para trás e congratulou-se pela marca da sua passagem por um caminho qualquer, o consolo possível para a sua crescente sensação de irrelevância.
E depois, sem pressa, o caracol seguiu adiante que é preciso andar prá frente, em busca de um pedaço de sol.
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Estrela Cadente
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