Olhou o horizonte na linha de separação entre o céu e o mar, onde o sol começava a preparar a despedida alaranjada que pouco depois o coloriu.
Acendeu um cigarro e percebeu que se agitava sem motivo, que valorizava excessivo coisas pequenas a que atribuía valor na proporção do amor que sentia.
Percebeu que nada do que fazia poderia evitar aquilo que adivinhava ser a verdade por detrás das palavras e das promessas no vazio.
Sentiu então o frio da brisa marítima que o enregelou, expurgadas as preocupações.
E desde esse dia nunca mais se tolerou exagerado nas emoções.
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