Para perceberem (ou antes pelo contrário) como a coisa é complexa de lidar fiquem com um cheirinho nas palavras do próprio autor:
O poliamor é então identificado como sendo, mais do que uma prática sexual, um posicionamento moral que envolve profundamente o sujeito na sua produção de si, e onde a parrhēsia (franqueza) é o principal elemento avaliativo da moralidade do sujeito poliamoroso. Esta parrhēsia é fundamental para a manutenção da autonomia do Eu, pelo que ela é oferecida mas também exigida do Outro; a equidade da relação de alteridade é fundamental para o sujeito que, sem o Outro, não se pode constituir como tal. Se tudo isto permite ao indivíduo questionar o horizonte de possibilidades daquilo que o constitui como sujeito, abre também a porta a uma possível hegemonização desta moral para todas as relações de intimidade.
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