...quando uma mulher me insulta. Porque à minha gana de responder à altura sobrepõe-se o instinto de respeitar os valores bacocos que herdei de algum tio-bisavô.
Felizmente é raro, pois não costumo dar pretextos e quando se trata de casais que me são hostis é o "homem da casa" que faz as honras.
Ainda assim, acontecem as excepções e eu fico na desconfortável posição de engolir em seco ou de me assumir contorcionista verbal para tornear a questão.
É um desafio, mas só dá pica a sério quando o insulto provém de mulheres inteligentes e capazes de o proferirem com a elegância que só uma senhora possui.
E as senhoras não costumam embirrar comigo, por coincidência. Ou não.
Só verdades
Há 11 horas
6 comentários:
Se não é de senhoras que se trata nem deveriam merecer-te o esforço "contorcionista". Mas fica-te bem. Afinal, topa-se à légua de quem é o verniz que estala. E é um gozo ver que não têm sequer inteligência para te perceber. ;-)
Mas fico sempre lixado, pois sabes como é difícil para mim lidar com reacções às quais não posso retorquir na mesma medida.
Ainda assim, é como dizes: topa-se de quem é o verniz que estala...
Sabes, tenho um problema com insultos. Mesmo que me sinta verdadeiramente injustiçada, fico calada ou nem levanto a voz nas poucas palavras que digo. É que o insulto costuma sujar, deixar manchas, quase sempre também em mim. Ser insultada não depende da minha vontade, mas posso pelo menos contornar o insulto a sair da minha boca.
Já tenho sombras que bastem para merecer uma tenda de praia no paraíso.
Perante certos cenários gostava de ser como tu, mas infelizmente sou incapaz de contornar a necessidade de reagir à hostilidade alheia (mesmo quando não justificada).
Ainda assim, sinto-me merecedor de pelo menos um toldo ou de um chapéu de praia.
No paraíso ou num inferno ensolarado qualquer.
Nem sempre me sinto melhor agindo como te contei, mas minimizo os danos. Pelo menos, não fica a memória do confronto verbal.
Queres que te reserve o chapéu de praia ao lado? No paraíso e no inferno. Para monotonia já me basta o meu muro de sol e de lamentações.
Não reserves ainda. Com a minha propensão para a imprevisibilidade nunca se sabe se terei ou não o direito a esse privilégio.
E não quero ocupar a vaga de ninguém...
(A monotonia é dos males mais simples de combater, não concordas?)
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