O António José Seguro, ó Pedro Nuno?
Há 1 hora
31.5.10
AZARINHOS
Precisava mais do que nunca do dom da ubiquidade e afinal só acabo por constatar-me refém da ambivalência.
OS FACTOS EM APREÇO
Não há como (re)negar um amor quando este se manifesta em todas as ocasiões que lhe são dadas.
O AMOR COMO ELE É (também)
É bonito cultivarmos os objectos e o que eles representam, ao ponto de os guardarmos religiosamente e nunca descuidarmos o seu uso na presença de quem os ofereceu ou a eles está ligado.
E ainda mais bonito é ansiarmos espalhá-los, pendurá-los, multiplicá-los pela nossa casa para que a sintam sempre como sua.
CONFÚCIO DE BOLSO
Disparar às cegas tem o enorme inconveniente de podermos nem reparar no alvo mesmo à nossa beira.
28.5.10
PARABÉNS, ZADO!
As efemérides relativas aos que são queridos a quem nos é querido são igualmente importantes e tornam-se dias especiais.
Recebe, dragão à maneira, um grande abraço do tubarão e os votos de muitos anos muito bons.
27.5.10
HIN HON...
O termo burrice aplica-se só aos teimosos que não andam ou também aos que insistem em andar mais do que as pernas o permitem?
26.5.10
LÓGICAS DA BATATA
Muitas vezes a especulação, a dúvida, nascem de contradições simples. Coisas que parecem irrelevantes, mas que se desmentem entre si e implicam necessariamente uma confusão qualquer.
Tenho aprendido nos tempos mais recentes que não existe volta a dar: tem que se dar desconto.
E esse desconto é exactamente o mesmo que somos forçados a aplicar quando as contradições nascem não de lapsos mas de pequenas mentiras ou omissões.
E vale mesmo a pena abdicar de parte da margem de lucro, sempre que acreditamos que o negócio tem pernas para andar. Mesmo que seja a mancar...
25.5.10
*?%$###/! (fónix, em dialecto centauri)
Depois de passarem seis horas (tempo terráqueo) numa reunião com os humanos ao longo da qual lhes foi resumida a História da Humanidade, os primeiros visitantes alienígenas reembalaram as oferendas de paz, meteram-se na sua nave espacial e partiram para nunca mais darem sinal de vida.
24.5.10
MAR DE PAIXÃO
Quando já ninguém pensava ser possível ir mais baixo em matéria de lixo televisivo telenovelesco, eis que a TVI consegue atingir com a produção que serve de título a esta posta a profundidade abissal.
THE VOICE
Um som, uma voz.
O sangue que corre veloz, bombeado pelo coração que escuta com atenção para depois reagir acelerado pelo ouvido apaixonado que lhe transmite esses sinais sonoros combustíveis de foguetão.
Um som, uma voz, uma emoção que entra em nós com a força inusitada da alegria que nos é dada no privilégio de escutar.
A voz do amor a acontecer num som tão intenso, tão belo, que renegamos qualquer hipótese de algum dia emudecer.
23.5.10
TALIBOL
Não são permitidas pela Federação Portuguesa de Futebol equipas mistas a partir do escalão de iniciados.
TÃO ÓBVIO...
...O fim que nem precisou aguardar pelo genérico final daquela película que protagonizara até então.
Percebeu a cada imagem e sequência o guião da desistência anunciada em cada cena alterada, cada vez mais distante do argumento original.
Percebeu que chegava ao final o terceiro acto da vida encenada numa vontade reprimida pela realidade espontânea das reacções. Percebeu a diferença das emoções na ausência dos gestos que as transmitiam, nas desconfianças que surgiam à tona sempre que a ameaça latente, o fantasma presente, se desenhava a cada discussão.
Tão óbvio que estranhava a sua presença no estúdio, reclamada pela diva que afirmava não conseguir dispensar a sua actuação sob as luzes da mesma ribalta. Sentia-lhe imenso a falta, era recíproco, apesar dos improvisos que acrescentava ao seu papel.
E ele tentava desempenhar o melhor possível a personagem que lhe competia, mas a cada cena descobria não ser talhado para a função. Não conseguia alimentar a ilusão quando tudo lhe dizia que contracenava com quem parecia querer esfomear a sua, ou afogá-la em contradições que a pudessem confundir ou mesmo levá-lo a desistir daquele lugar que conquistara na história construída a dois.
Mas isso era algo que ambos adiavam (para) sempre para depois.
22.5.10
O gaiato deixou de se preocupar com os joelhos esfolados na sequência do trambolhão quando percebeu que tropeçara em si mesmo e só devia a queda à sua falta de tino.
Levantou-se, envergonhado, e tentou sem jeito encontrar uma saída para a situação. Mas não conseguiu.
E sentiu ainda mais distante o troféu que tanto ambicionava desde o tiro de partida.
INSTINTO DE CONSERVAÇÃO
É natural que o mais importante na vida sejam as pessoas sem as quais acreditamos não conseguir viver.
PROPORCIONAL
Percorreu a praia a sós, pés descalços no areal ainda ensopado pela maré alta a que assistiu no cimo da falésia que escolhera para meditar.
Olhou o horizonte na linha de separação entre o céu e o mar, onde o sol começava a preparar a despedida alaranjada que pouco depois o coloriu.
Acendeu um cigarro e percebeu que se agitava sem motivo, que valorizava excessivo coisas pequenas a que atribuía valor na proporção do amor que sentia.
Percebeu que nada do que fazia poderia evitar aquilo que adivinhava ser a verdade por detrás das palavras e das promessas no vazio.
Sentiu então o frio da brisa marítima que o enregelou, expurgadas as preocupações.
E desde esse dia nunca mais se tolerou exagerado nas emoções.
SECOND LIFE
Depois uma pessoa repara que alguém passava horas a fazer algo com outrem e connosco nunca lhe apetece e percebe igualmente o porquê da manutenção teimosa da ligação clandestina a esse outrem, mesmo sob a capa (supostamente) protectora de uma camuflagem e o falso pretexto de um busto qualquer.
E aí uma pessoa só pode mesmo relativizar, aceitar o seu estatuto de segunda escolha, de mal menor, e ir desamparando a loja...
E QUEM INSISTE É BURRO/A...
Há pessoas para quem um número maior de segundas oportunidades representa apenas mais ocasiões para confirmarem os pressupostos das primeiras.
21.5.10
20.5.10
19.5.10
18.5.10
TODA UMA EXISTÊNCIA A LIMAR ARESTAS
Ninguém é perfeito.
Isso é bom, pois implica que todos temos espaço de manobra para melhorar qualquer coisita.
ECONOMÊS SOCIAL FOR DUMMIES
No mercado das relações humanas as acções não se compram nem vendem pelo que a cotação de cada interveniente é determinada apenas pelo teor das que existam/aconteçam ou pela repercussão da respectiva ausência.
E a especulação nunca é lucrativa.
CONFÚCIO DE BOLSO
A vida é muito mais simples depois de coadas todas as impurezas que o tempo produz.
17.5.10
FANTÁSTICO
Assistir à forma como a malta práfrentex se desmascara com os "ses" e os "mas" mais rebuscados a propósito da professora de Mirandela...
16.5.10
15.5.10
BOM DIA!
Enquanto acordar em cada manhã com a certeza de que ainda tenho quem me ame e quem goste de mim não tenho como não me sentir feliz.
Qualquer outra opção seria de uma ingratidão sem desculpa.
14.5.10
O TRI(JÁ FOSTE DE)VELA
Ainda não vi ninguém dar pela falta de um tal de Quaresma na lista de convocados para a selecção nacional de futebol...
13.5.10
E PORQUE NÃO FAZER DE CONTA?
As histórias de encantar são a fingir e nem por isso deixam de ser bonitas...
EQUILÍBRIO GARANTIDO
Uma das melhores contrapartidas da perda da inocência ou da ressaca de uma desilusão é o mar de novas possibilidades que se oferece a quem as enfrenta com uma abordagem positiva.
PELAS ANCAS
Deitou-a de lado, levantando-lhe uma perna, e começou a passear-lho sem pressas pela periferia daquilo que pretendia comer. Devagar, acabou aos poucos por entrar enquanto lhe observava as mudanças de expressão e a via bonita como sempre acontecia quando ela se oferecia ao seu olhar.
Degustou-a com os outros sentidos também, deliciado, absolutamente encantado com o privilégio que representava aquele momento que era só seu. E dela, que se contorcia como uma gata e cravava as unhas na almofada com que tentava abafar os gritos que precisava dar quando o sentia forçar mais e mais o seu corpo em plena levitação.
Mal tocava com os pés no chão quando ele a dobrava e depois a agarrava pelas ancas e literalmente a pendurava em si.
12.5.10
FACA DE DOIS GUMES
Como a casca de uma cebola, camada após camada, a emoção foi descascada, por etapas, até finalmente alguém conseguir chorar.
Por dentro.
11.5.10
10.5.10
9.5.10
6.5.10
VIAGENS NA TERRA DE OUTRÉM
O aventureiro depressa percebeu que depois de passada a borrasca que lhe enfunara as velas sucedia-se a ansiada calmaria que, afinal, implicava uma navegação suave e sem ondas mas também um ritmo muito mais lento na progressão.
5.5.10
FUNCIONA
Acho que vou abraçar uma nova forma de encarar as coisas. No fundo, é espantoso como tudo varia em função da perspectiva.
(eu gosto da perspectiva cavaleira, só por curiosidade)
4.5.10
BOA PERGUNTA...
Onde se situa a fronteira que separa a anuência permissiva a uma impunidade sustentada por uma debilidade ocasional e a cedência passiva concedida perante uma forma qualquer de chantagem emocional?
PROFESSOR KARIMBA
Há uns tempos atrás desabafei aqui que a maioria das pessoas não reage às coisas agradáveis que encontra num blogue, passando ao lado mesmo na pele de destinatário/a, mas nunca falha no reparo a qualquer carapuça que sinta enfiada.
E o tempo dá-me (quase) sempre razão, poizé.
(Já sabem que invejas, problemas sexuais, azar ao jogo e muitos outros padecimentos, é marcar consulta que o Professor Karimba - que tudo sabe e tudo vê - resolve)
3.5.10
IN GLÓRIA
Ouvia, no lado oposto do campo de batalha, o último estertor do adversário. Ouvia, mas não percebia do que se tratava e por isso avançava como se fosse preciso combater. Insistia em vencer e atacava, mesmo sem saber que se derrotava naquela marcha cansativa que acabaria por esgotar a energia ainda nem a meio do mapa esboçado por batedores.
E no lado oposto do campo de batalha já não havia alguém para acudir às suas dores.
MARÉ NEGRA NOS STATES
Tou a estranhar ainda não ter aparecido um racista qualquer a afirmar que tá na cara que a culpa de uma catástrofe assim só pode ser toda do Obama...
DETESTO
Que entrem em contacto comigo apenas para picarem o ponto escolhendo as melhores circunstâncias, o melhor timing, para garantirem uma conversa muito rápida e só para despachar.
Se não querem conversar, porque hão de fazer fretes e de uma forma tão bandeirosa que me deixa numa posição desnecessariamente foleira?
Eu tenho estômago para que me digam que não têm pachorra para o meu discurso de merda, agora só é preciso que tenham tomates para acabarem com a maçada...
2.5.10
DON'T ASK
Pedaços de vazio, aleatórios, espalhados pelo tempo que deixa de acontecer.
Espaços de sono, dormitórios, distribuídos em momentos seleccionados de ausência da realidade que se tem mas não se queria assim.
Retalhos de um fim que é objectivo no seu próprio caminho, de ferro, pouca terra para percorrer com os vagões carregados de emoções e de outros sonhos empacotados para se esconderem aos olhos que os possam abraçar outra vez com o mais doce calor que é o que emana do amor que pode parecer cego mas vê.
E nunca se interroga como ou porquê.
E NO PASSADO TAMBÉM ERA ASSIM
É raro encontrar algo que não espectáculos tristes quando a ganância diz presente.
1.5.10
CORROER PELA BASE
Muitos dos valores que hoje nos parecem supérfluos e deixamos cair na boa são a base de uma pirâmide cujo topo é constituído pelo que resta para nos distinguir dos animais.
E essa acabará (ou já está a?) por nos desabar em cima da vida com o peso do céu e o fogo do inferno.
NA CRISE TAMBÉM É UM DESCANSO
Em época de crise não há nada mais reconfortante do que toda a gente ter a certeza absoluta da existência confirmada de vários bodes expiatórios.
As pessoas. Os outros. Todos, sem excepções.
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