28.5.09

SALA DE ESPERA

O vazio instalado no tempo libertado pela força das circunstâncias, tempo que vagueia pelo limbo de uma vaga ideia acerca de algo para fazer.
Tiquetaque num velho relógio de pêndulo a bater as horas passadas a carpir as horas que tardam a vir ao encontro de um tempo melhor que ainda não se fez anunciar.
A ansiedade naquele olhar para os ponteiros da saudade em busca do tempo futuro, sentada no escuro aquela pessoa à espera que as lágrimas parem de correr.
O coração a doer em sentido figurado com a cabeça no tempo adiado para depois, para outro momento, vivido a dois.

O tempo quase parado no vazio agora instalado pela ausência, pela tomada de consciência de uma irreprimível sensação. 
Num buraco inteiramente cavado pela solidão.

7 comentários:

gaija do norte disse...

tou aqui!
:)

shark disse...

Olá, Gaija! (E tás muito bem.)
:)

Unknown disse...

Bom dia Shark! Mto bonito o teu texto (recorda-me o um amigo que está a passar um momento difícil...)

Joaninha disse...

Tem calma, são quase 19 horas :)

shark disse...

Bom dia, Ana!
Obrigado! E diz ao teu amigo que não há mal que sempre dure e que quando estamos down o tempo joga sempre a nosso favor (porque se já estamos mal só podemos ir para melhor...)
:)

Unknown disse...

Obg Shark! Mas há momentos na vida que em que nos sentimos impotentes, porque são dolorosos e mexem com entes queridos que como uma vela, vemos a apagarem-se sem que possamos manter essa vela acesa... Temos que nos agarrar à força que nos transmitem os amigos, para podermos superar...

Mário Rodrigues disse...

Sinto-me; não vale a pena. Tudo corria na aparente normalidade rotineira, bom clima, bom texto, escrita porreira, “Marilion” ainda com direito a Fish…… começa a descompensar, e,e,e…….instala-se o caus sincronizado e normal para o caso, pressente-se a presença da… dama negra flutuando… os movimentos tornam-se perpétuos, e estranhamente retardados. Sem qualquer pudor arranca-nos das mão o seu tributo…nunca hei-de estar preparado para a “desvida”…hoje não me apetece chamar-lhe outra coisa…depois; a cruel trova do…”hora do óbito, onze horas e trinta e sete minutos do di………..” Merda. Saí de uma hora de duche…outra vez. Estes anos de contacto com sufrimento rebentam qualquer um. Talvez já volte…