O vazio instalado no tempo libertado pela força das circunstâncias, tempo que vagueia pelo limbo de uma vaga ideia acerca de algo para fazer.
Tiquetaque num velho relógio de pêndulo a bater as horas passadas a carpir as horas que tardam a vir ao encontro de um tempo melhor que ainda não se fez anunciar.
A ansiedade naquele olhar para os ponteiros da saudade em busca do tempo futuro, sentada no escuro aquela pessoa à espera que as lágrimas parem de correr.
O coração a doer em sentido figurado com a cabeça no tempo adiado para depois, para outro momento, vivido a dois.
O tempo quase parado no vazio agora instalado pela ausência, pela tomada de consciência de uma irreprimível sensação.
Num buraco inteiramente cavado pela solidão.