De tesoura na mão, avança pelo caminho enquanto corta laços que sente como perniciosos. Sem olhar para trás, para os restos de passado espalhados pelo chão.
Avança de tesoura na mão, impassível, olhos fixados num horizonte sem contornos definidos, incógnita. Sem tempo a perder com o supérfluo, com o fútil, com o tempo que sente como inútil se investido nas coisas e nas pessoas que não valham a pena.
Um tempo para cortar, no passado e no presente, que o futuro emergente não prima pela paciência para esperar.
Continua pelo caminho, à tesourada, com uma atitude determinada.
Sem tempo para as miudezas, sem pachorra para as tristezas e ainda menos para as desilusões.
Nas muralhas da cidade
Há 1 dia
5 comentários:
cortando os laços que, às tantas, nunca o foram...
Às tantas temos muitas vezes que chegar a essa conclusão, não é?
muitas espero que não, ou o passado fica vazio, não é?
Do passado sobram sempre as lições que nos permitem encará-lo de uma forma serena e cortar os laços sem esquecer o que de bom possa restar.
Mas claro que quanto menos cortes melhor...
(E bem vistas as coisas, é sempre o presente que mais conta.)
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